A proximidade para a final da Champions League, entre Liverpool e Real Madrid, levanta expectativas diferentes em lugares distintos.
Na Granja Comary, grande parte do foco está em ver como será a participação da trinca brasileira: de um lado, Marcelo e Casemiro; do outro, Roberto Firmino. E se existe a torcida pelo sucesso dos brasucas, a preocupação com o impacto que o jogo poderá ter na parte física dos atletas também se faz presente.
“Vamos ter que ter, sim, cuidados para administrar a individualidade de cada um. A partir daí, com o retorno deles, da conversa com eles, saber como administrar essa carga de trabalho. É um desafio que vamos ter”, afirmou o preparador físico da Seleção, Fábio Mahseredjian.
Durante a entrevista coletiva concedida na quarta-feira (25), Fábio, o médico Rodrigo Lasmar e o fisiologista Luiz Antônio Crescente também lembraram a imprevisibilidade que existe dentro de um jogo importante. A avaliação, por exemplo, pode mudar em diferentes situações, como uma prorrogação.

Considerando os jogos disputados pelas cinco principais ligas nacionais, além de Champions ou Europa League, a ‘minutagem’ (nº de minutos em campo de um jogador) dos brasileiros segue a normalidade dos demais titulares nos clubes europeus.
Roberto Firmino tem 3741 minutos nos gramados, enquanto Marcelo soma 3400 e Casemiro 3725. Para efeito de comparação, Luis Suárez e Messi têm: 3783 e 3779, respectivamente.
GettyFirmino é um dos atacantes mais utilizados na Europa (Foto: Getty Images)
Caso a decisão deste sábado (26), em Kiev, chegue até a prorrogação, e os brasileiros fiquem em campo até o fim, Firmino será o terceiro atacante com mais tempo de jogo [levando em consideração os critérios já citados]; Marcelo seria o quinto defensor mais utilizado, enquanto Casemiro ficaria na mesma posição entre os meio-campistas.
Mais importante do que o tempo em campo, é a participação destes jogadores no gramado. E os três já mostraram um nível de intensidade admirável, sem que tenha existido algum tipo de exagero em suas minutagens.
Entretanto, assim como foi lembrado pelo staff médico do Brasil, eles estarão em situação parecida às de vários jogadores que estarão na Rússia – afinal de contas, estão no futebol europeu.
O que preocupa é o fato de ser uma decisão, um 'tudo ou nada'.
