Se o Grêmio precisava de uma exibição quase perfeita para reverter a vantagem que o Palmeiras construiu, uma semana antes, no jogo de ida das quartas de final da Libertadores, quando bateu os gaúchos por 1 a 0, boa parte da esperança dos tricolores residia em uma noite espetacular de Everton Cebolinha. Foi exatamente o que aconteceu nesta terça-feira (27), com a equipe treinada por Renato Portaluppi vencendo os alviverdes por 2 a1 para garantir vaga na semifinal do torneio.
Everton foi a peça vital nos gols marcados pelos gaúchos, que saíram atrás aos 14 minutos, quando Luiz Adriano aproveitou bola mal afastada por Paulo Victor e fez o seu primeiro gol com a camisa palmeirense. A reação, contudo, não tardou a chegar. Demonstrando oportunismo, Cebolinha correu por trás de Marcos Rocha para empatar após falta levantada na área por Alisson, aos 18’.
Foi Alisson quem, ainda no primeiro tempo, fez o gol da virada, vitória e classificação. Mas a jogada foi toda de Everton. O camisa 11 recebeu no meio e fez o que se espera de um protagonista: partiu pra cima, buscando abrir espaços pelo meio – e não pelas pontas, como é a sua maior característica – e pararia no fundo das redes se não fosse o desarme de Luan. Mas a fração de segundos não ajudou, Weverton não conseguiu segurar a bola em meio à rapidez do lance e sobrou nos pés de Alisson.
Com a vantagem pelo gol qualificado, o Tricolor mudou sua característica ao mesmo tempo em que obrigou o Palmeiras a ficar desconfortável pela necessidade de propor do jogo. Com o Grêmio renegando a posse da bola [terminou com 40%], os alviverdes não conseguiam criar grandes chances. Parte disso, pela falta de criatividade e excesso de bolas cruzadas e chutões da equipe treinada por Luiz Felipe Scolari. Mas é obrigatório destacar a exibição perfeita do sistema defensivo gremista, que teve recorde de rebatidas nesta campanha de Libertadores [39]. Na zaga, Pedro Geromel, que também somou números recordes nas bolas afastadas [13], teve provavelmente a sua melhor exibição.
Mas como a urgência do Grêmio era reverter a desvantagem, o protagonismo fica com o poder decisivo de Everton Cebolinha. Oportunista e ousado (inclusive com seu número recorde de dribles na competição: foram 10 completos). Decisivo, acima de tudo. Semifinalista da Libertadores pelo terceiro ano seguido, o Tricolor segue demonstrando sua força no continente e demonstra fome para fazer história: jamais havia batido o Palmeiras no Pacaembu? Isso acabou. A equipe de Felipão jamais havia sofrido uma virada? Também acabou. O sonho, agora, é se colocar como primeiro clube brasileiro a ser tetra do torneio.
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