É questão de tempo para que Vitor Pereira tenha sua saída do Flamengo oficializada. O técnico, contratado para esta temporada, viu escolhas ruins na última semana serem determinantes para a decisão pela não continuação de seu trabalho.Vitor Pereira passou a ter o nome questionado com mais força internamente depois da derrota para o Vasco, na penúltima rodada da Taça Rio.
Aliados do presidente Rodolfo Landim pediam a saída do técnico, que havia perdido a Supercopa do Brasil, o Mundial de Clubes e a Recopa Sul-Americana. O departamento de futebol, no entanto, fazia força para segurar o comandante.
A boa relação com o elenco no dia a dia e o que se via nos treinos eram as justificativas para seguir com o trabalho do português. Landim, por sua vez, passou a blindar a decisão do futebol e mesmo perdendo a paciência com o técnico pela má atuação diante do Vasco, nas semifinais do Campeonato Carioca, decidiu manter o treinador no cargo.
A classificação para a final do Campeonato Carioca ajudou. A ideia era fazer uma avaliação mais profunda do trabalho após a participação do clube na competição. A vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, no primeiro jogo da final, foi considerada uma possível mudança de chave.
Segundo soube a GOAL, havia um otimismo grande para a sequência. Uma estreia de Libertadores diante de um adversário mais fraco. Em seguida, a possibilidade de confirmar o título diante do rival, tido por muitos como o favorito. Para completar, o Rubro-Negro teria a estreia na Copa do Brasil diante do Maringá, um adversário mais “tranquilo” o a confronto contra o Coritiba no Maracanã, na primeira rodada do Brasileirão.
No entanto, a decisão de poupar os jogadores diante do Aucas, seguida da derrota por 2 a 1, caiu como um banho de água fria tanto nos jogadores quanto na diretoria. A decisão partiu única e exclusivamente de Vitor Pereira. Segundo soube a GOAL, os próprios jogadores que vinham sendo utilizados pelo português como titulares esperavam começar a partida da Libertadores e estavam prontos. Eles não concordam com a decisão de serem preservados.
A derrota deixou o ambiente pesado. “Ele complicou uma semana quedeveria ser bem tranquila para nós” disse uma fonte da reportagem que vive o dia a dia do Ninho do Urubu. Enquanto isso, o Fluminense escalou os titulares na estreia da Libertadores, no Peru, e venceu com tranquilidade.
A sensação de insegurança tomou conta do ambiente do Flamengo. Vitor Pereira se fechou, não explicou as decisões e também não esboçou a equipe que entraria em campo no domingo. Havia a certeza de que o treinador faria alguma mudança, mas muitos atletas tiveram dúvidas se entrariam em campo.
Sistema com três zagueiros não era unanimidade
Desde o duelo contra o Independiente Del Valle, no Maracanã, Vitor Pereira optou por usar três zagueiros. O técnico deixou claro que a decisão era momentânea e que montaria a equipe de acordo com o adversário, o que não aconteceu.
Alguns jogadores defendiam os três zagueiros, outros preferiam voltar ao que foi utilizado nos últimos tempos no Flamengo, mas entendiam o momento. Diante do Aucas, no entanto, o português manteve a linha e os jogadores entenderam que o técnico não abriria mão dessa formação. A atuação defensiva, inclusive, foi um desastre.
