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Diego Costa Portugal Spain World Cup 2018Getty Images

Diego Costa deu um velho toque de ‘Fúria’ que otimiza o futebol da Espanha ‘Roja’

banner Copa 2018Header Tauan Ambrosio

Desde que a crise estourou na seleção espanhola, com a demissão de Julen Lopetegui após acerto com o Real Madrid, Fernando Hierro tomou a atitude mais correta possível. Manter o bom trabalho que vinha sendo feito desde 2016, e fazer questão de falar isso para todos.

Como ele mesmo reconheceu, seria impossível mudar alguma coisa em apenas dois dias. Para a equipe titular contra Portugal, encontro entre os últimos campeões europeus e rivais históricos, a grande surpresa foi a escalação de Koke ao lado de Busquets no 4-2-3-1 espanhol. Longe de ser o dedo de Hierro, já que a opção vinha sendo observada também por Lopetegui principalmente nos últimos amistosos.

Mas foi uma decisão importante. Assim como a de optar por Diego Costa no comando de ataque. Porque o espanhol de Sergipe já vinha demonstrando um ótimo futebol vestindo a camisa da ‘Roja’, como fica provado com os cinco gols anotados na campanha das Eliminatórias.

David Silva e Isco, titulares na armação das jogadas logo atrás de Diego, também fizeram cinco tentos no caminho para garantir a vaga na Rússia. Prova do equilíbrio existente em uma seleção favorita ao título mundial pelo talento de seus atletas, assim como pelo entendimento deles em relação ao que se deve fazer em campo.

Diego Costa Portugal Spain World Cup 2018Getty Images(Foto: Getty Images)

Aos que se perguntavam o tamanho do baque pela demissão de Lopetegui, a Espanha respondeu ainda no primeiro tempo ao empatar depois de ter sofrido um gol dos portugueses. Resposta que veio duas vezes com a voz de Diego Costa. E demonstrando o quanto a sua característica de jogador mais de área, que contrasta com o modelo de jogo focado na troca de passes e valorização da posse de bola, pode ser compatível para dar uma gama ainda maior de opções a um time poderoso.

O seu primeiro gol veio após lançamento de Sergio Busquets, lá do campo de defesa. Diego mostrou o que há de pior e melhor em sua característica de jogo, porque antes de dominar a bola fez falta em Pepe. Um lance minimamente duvidoso, mas que terminou na sequência com finalização certeira do centroavante. No segundo tempo, a bola alçada voltou a aparecer para decidir: desta vez o passe de Busquets foi com a cabeça para Diego Costa só empurrar para dentro, como um verdadeiro camisa 9.

Fernando Hierro Portugal España Spain World Cup 15062018GettyHierro fez as escolhas certas... e o grupo respondeu (Foto: Getty Images)

Diego, no entanto, não esteve sozinho como jogador que mais levou perigo. Embora não tenha feito gols, Isco arriscou duas finalizações certas. Uma delas estourou no travessão. Com 66,5% de posse de bola, 757 passes (contra 372 dos lusos) e aproveitamento de incríveis 92,2% no quesito, a Espanha manteve a sua característica mais conhecida dos últimos anos... mas ganhou um tempero da velha ‘Furia’, como era chamada em uma época de jogadores mais físicos, e de contato, do que propriamente habilidosos.

Diego Costa Gol Goal Portugal España Spain World Cup 15062018O atacante de referência (Foto: Getty Images)

O empate com Portugal só veio porque do outro lado estava Cristiano Ronaldo. Mesmo que De Gea tenha falhado no segundo gol. Mas o saldo do primeiro jogo é positivo pela resposta do grupo em meio à crise, superando momentos complicados de um duelo duro, valorizando a sua característica principal ao mesmo tempo em que abraça elementos que lhe dão mais opções de resolver a equação de como estufar os barbantes alheios. Diego Costa, atacante de referência e luta, é este elemento. Um toque globalizado da ‘velha Fúria’ à absoluta ‘Roja’.

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