
Se você não pode vencer um inimigo, una-se a ele.
A frase clichê é um exagero para retratar a chegada de Cristiano Ronaldo à Juventus, porque o clube italiano contabilizou duas vitórias em sete confrontos contra o seu novo camisa 7 - todos em jogos contra o Real Madrid, que levou a melhor três vezes.
Mas o saldo geral foi amplamente favorável a CR7, que anotou incríveis dez gols sobre a Juventus. Os dois últimos foram emblematicos: a bicicleta em Turim e o pênalti convertido no Bernabéu, que eliminou os italianos nas quartas de final da Champions League 2017-18.
No sonho de reconquistar a Europa, e com a certeza de que terá um grande aumento de visibilidade, a Juve contratou o seu maior carrasco recente. E o que mais lhe fez sofrer na média de encontros: 1.42 gols por jogo.
Longe de ser uma novidade na história juventina com atacantes. Silvio Piola, Giuseppe Meazza, Altafini "Mazzola", Roberto Baggio e Pavel Nedved foram todos carrascos da Velha Senhora antes de vestirem a camisa alvinegra.
ReproduçãoAltafini, o 'Mazzola', foi ídolo no Milan e Napoli antes de ir para a Juve (Foto: Reprodução)
Campeão mundial pelo Brasil em 1958, e atacante da seleção italiana na Copa seguinte, Altafini fez 17 gols sobre a Juventus enquanto jogador de Milan e Napoli - quatro deles em um único encontro, que terminou com goleada milanesa por 5 a 1 em 1961. Dentre os carrascos da Juve contratados posteriormente pelo clube, é o maior.
CR7, média superior a um gol por jogo contra a Juve (Foto: Getty Images)
Mas Cristiano, sem dúvidas, foi o melhor. Pela constância com a qual destroçava as aspirações juventinas na Champions League, sem os encontros constantes de um campeonato nacional.
Desde 1996 no jejum do troféu europeu, a Velha Senhora foi buscar o 'dono da Europa' para lhe guiar pelos caminhos do sucesso continental que tanto sonha. E só isso já lhe credencia ainda mais para as edições de Champions que virão. O grande carrasco chegou para ser herói, e trocar o pesadelo pelo sonho.





