Nesta quarta-feira (22), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por meio do presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Wilson Seneme, revelou que a partir da próxima rodada do Campeonato Brasileiro, as linhas de impedimento do VAR serão traçadas ao vivo e serão exibidas nas transmissões dos jogos.
Seneme, anunciou um plano de ação para o setor, após apresentar os novos componentes do grupo que trabalhará ao seu lado na CBF. Com a categoria sob pressão, algumas medidas já serão imediatas, como a disponibilização das imagens na transmissão da TV do processo de formação da linha de impedimento do VAR.
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Os árbitros de vídeo também passarão por um processo de aquecimento antes das partidas. Na visão de Seneme, acompanhar o andamento como um todo é mais produtivo e interessante do que apenas enviar a foto das linhas já medidas, azul e vermelha, que geram, em lances ajustados, dúvidas e questionamentos sobre a base delas. Segundo ele, a medida já vai valer a partir do fim de semana.
"A gente entende que quando as pessoas que acompanham a transmissão virem a construção da linha, elas vão entender o final dela. Foi assistindo aos jogos da Premier League que vi isso. Facilita muito a vida de quem está assistindo. A partir da próxima rodada, estará disponível para a transmissão oficial", explicou o ex-árbitro.
A mudança ocorre, sobretudo, por conta de erros de grande escala envolvendo a arbitragem no campeonato. O caso que mais chamou a atenção foi na partida entre Inter e Botafogo, em que o árbitro Sávio Pereira Sampaio assinalou um pênalti inexistente para o Internacional e ainda expulsou um jogador do Botafogo, mesmo fazendo a análise no VAR.
Mas, afinal, como funciona o árbitro de vídeo nas situações de impedimento? A GOAL te mostra:
Como o VAR avalia situações de impedimento no Brasileirão?
CBFA análise que toma mais tempo na cabine do VAR são as linhas do impedimento. O operador de replay é o responsável por formá-la. Porém, é o árbitro de vídeo que orienta todo o processo e diz onde ela deve ser tracejada. A média de jogo parado para análise de impedimentos é de 1 minuto e 40 segundos na Série A.
Resumidamente, é preciso marcar primeiramente a base da linha. Ou seja, qual é a referência no campo para ser formada a linha. Durante o processo, o árbitro de vídeo é quem decide tudo. Ele comanda as ações para o operador de replay executar. O VAR é quem diz qual é a referência para traçar a linha: se é a chuteira do último defensor, se é o ombro ou a cabeça, por exemplo. Além disso, ele ainda faz os ajustes finos e dá os últimos comandos antes da formação final da linha.
Na hora do jogo, a pressão pela montagem da linha com eficácia e rapidez é grande. Se grande parte da reclamação sobre o VAR está no tempo de jogo parado, a elaboração das linhas é também responsável pela falta de celeridade no processo.
