Pela primeira vez desde 2012 e 2013, uma época na qual ainda contava com a forte parceria de um plano de saúde que o transformou em competidor constante pelos maiores títulos possíveis, o Fluminense volta a disputar a Libertadores da América em anos consecutivos. Eliminado nas quartas de final de 2021, o Tricolor Carioca carimbou a vaga na fase classificatória do certame continental – a vulgarmente chamada “pré-Libertadores” – ao terminar a Série A na sétima posição. E o primeiro reflexo disso deverá vir na forma de um elenco mais forte em relação ao atual.
Segundo vem sendo noticiado pela GOAL, Felipe Melo é o primeiro destes reforços visando o 2022 do Fluminense. O veterano meio-campista, que apesar dos 38 anos foi importante na campanha vitoriosa do Palmeiras em mais uma Libertadores, inclusive já realizou exames pelo Tricolor. O clube das Laranjeiras também acertou com o lateral-esquerdo Mario Pineida, que chega emprestado pelo Barcelona de Guayaquil – justamente o clube algoz do Flu nas quartas de final da Libertadores.
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E a coisa não para por aí. Outros nomes de peso para o cenário do futebol nacional despertam o interesse do Tricolor. Um deles, como noticiado com exclusividade pela GOAL, é o atacante argentino Germán Cano, que deixou o Vasco da Gama. Gilberto, artilheiro do Bahia e um dos melhores goleadores dos últimos anos no Brasileirão, também está no radar. David Duarte, zagueiro que defendeu o Goiás em 2021 e atualmente está sem contrato, e o lateral-esquerdo Cristiano, do Sheriff, da Moldávia (que fez campanha surpreendente na Champions League), também são avaliados.
Neste sábado (11), um novo nome de peso foi vinculado ao Fluminense. De acordo com informações do GE, Ricardo Goulart interessa ao Tricolor. O meia-atacante, de passagem extremamente vitoriosa pelo Cruzeiro entre 2013 e 2014, rescindiu o seu contrato com os chineses do Guangzhou Evergrande. Goulart atualmente tem 30 anos e em 2019 ainda teve uma boa, porém rápida, passagem pelo Palmeiras.
Estancando a sangria
Uma pergunta normal a se fazer em meio a toda esta situação é questionar de onde está vindo o dinheiro. E a resposta que pode, de certa forma, tranquilizar o torcedor mais ligado nas questões financeiras, é que nos últimos anos, pouco a pouco, o Fluminense foi conseguindo se equilibrar para dar passos à frente.
O primeiro ponto foi ter conseguido estancar as principais penhoras, já que o Fluminense conseguiu suspender, através de liminar, execuções cíveis e trabalhistas em curso, suspendendo os processos feitos contra a instituição e colocando todos em sob um único juízo. A consequência disso é um clube menos asfixiado por dívidas de curto prazo. Além disso, o Fluminense, segundo noticiado pelo O Globo, diminuiu em R$ 40 milhões as cobranças feitas pela Fifa e cortou cerca de R$ 35 milhões com gastos destinados a logística.
Dinheiro novo em caixa
Ao mesmo tempo em que diminuiu tais custos, o Fluminense aumentou sua receita. Ainda segundo O Globo, aumentou a arrecadação com patrocínios em R$ 32 milhões, mantando vivo um ciclo que também fez o clube arrecadar boas quantias em premiações por boas campanhas ao longo da temporada: ter alcançado as quartas de final da Libertadores garantiu R$ 31,37 milhões, além de R$ 7,8 milhões pelas quartas da Copa do Brasil.
O sétimo lugar no Brasileirão veio com bônus de R$ 23,1 milhões e a promessa de novos valores oriundos de mais uma vaga na Libertadores – que também ajuda a valorizar a marca do Tricolor por causa da maior visibilidade.
Saídas deverão acontecer, evidentemente. Nomes como Abel Hernandez, Egídio, Hudson, João Lopes, Raul Bobadilla e Reginaldo não deverão seguir. Outros também podem não mais vestir as três cores que traduzem tradição. Mas, ainda assim, a torcida tricolor terminará o ano sonhando com um Fluminense mais forte para 2022 do que foi em 2021.


