A introdução do VAR é a grande novidade nesta edição 2019-20 da Premier League. Mas a utilização do auxílio da videoarbitragem não será idêntica em relação ao que estamos vendo, por exemplo, na América do Sul.
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Conforme o regulamento publicado pelo Campeonato Inglês, existem diferenças grandes justamente no ponto que vem recebendo maiores críticas nos jogos sul-americanos: o protocolo. Confira, abaixo, alguns pontos diferentes e em comum em relação ao uso do VAR proposto pela Premier League.
Pontos iguais
Tanto o VAR da Premier League quanto o do Brasileirão tem um ponto em comum quanto ao momento do uso. Apenas em quatro jogadas decisivas: gol, pênalti, cartão vermelho direto e erro de identificação nos jogadores.
Outros pontos em comum são: soberania ao árbitro principal de campo (inclusive para discordar da decisão do VAR); jogadores nem treinadores poderão pedir o VAR.
Diferenças mais destacadas
Ao contrário do que acontece no Brasileirão, por exemplo, na Inglaterra o VAR não vai interferir nas chamadas “decisões factuais”, que compreendem: impedimentos, além de lances dentro ou fora da área – tópico que promete mudar o conceito do que chamamos de ‘origem’ do lance’. Outra consequência é que os juízes de campo deverão ter um limite no número de vezes que terão que se direcionar ao monitor do VAR.
Cartões amarelos serão mostrados a jogadores que fizerem, de forma violenta, o sinal do VAR para os árbitros. Os atletas, inclusive, receberam a instrução de jogarem, sempre, confirme o apito.
Objetivo da Premier League
A grande preocupação dos ingleses é interferir o mínimo possível na dinâmica do jogo, utilizando limites mais rígidos para a intervenção em lances subjetivos. A consequência deste método é a mudança já citada no conceito da origem do lance: neste caso, o foco da Premier League é de evitar que se retroceda demasiadamente a eventos anteriores à finalização da jogada.
A maioria quase absoluta dos estádios que têm telões informará qual lance está sendo analisado pelo VAR, e assim que a decisão for tomada será exibido, para os torcedores, as imagens com o lance checado.
Princípios do VAR da Premier League
Em coluna escrita para o Lance!, o jornalista André Kfouri traduziu e listou os princípios que cercam o protocolo do VAR que será utilizado na Inglaterra. Confira abaixo.
– O VAR só será utilizado para “erros óbvios e claros”, em apenas quatro situações: gols, decisões sobre pênaltis, incidentes de cartão vermelho direto, erro de identificação de jogadores.
– A decisão final sempre será do árbitro de campo.
– O VAR não terá 100% de eficiência, mas influenciará positivamente a tomada de decisões e levará a julgamentos mais corretos e justos.
– O VAR checará automaticamente as quatro situações mencionadas. Jogadores não precisam pedir ou sinalizar pelo VAR.
– Jogadores devem sempre jogar conforme o som do apito.
– Haverá um limite claro para a intervenção do VAR em decisões subjetivas, para manter o ritmo e a intensidade dos jogos da Premier League.
– Decisões factuais (impedimentos, lances dentro ou fora da área) não serão submetidas à análise sobre “erro óbvio e claro”.
– Cartões amarelos serão mostrados a jogadores que agressivamente fizerem o sinal do VAR para árbitros.
– Replays em velocidade normal serão inicialmente usados para checar intensidade. Replays em câmera lenta serão usados para identificar pontos de contato.
– Os VARs serão árbitros de jogos e serão anunciados a cada rodada como parte da equipe de arbitragem.
– Quando houver uma oportunidade clara e óbvia de gol e o árbitro assistente não tiver certeza que o atacante envolvido está em posição de impedimento, o assistente deve esperar a conclusão da jogada para indicar a irregularidade.
Impedimentos
– Quando houver uma oportunidade clara e óbvia de gol e o árbitro assistente tiver certeza que o atacante envolvido está em posição de impedimento, o assistente deve indicar a irregularidade imediatamente.
– Em ambas as situações, o árbitro deve esperar a conclusão da jogada para soprar o apito.
Pênaltis
O VAR pode intervir em caso de:
– Erro claro e óbvio do árbitro de campo em relação ao movimento do goleiro.
– Duplo toque na bola pelo cobrador.
– “Paradinha” no momento do chute.
– Invasão com impacto direto na cobrança
Fase de ataque
– O início de uma fase de jogo que leva a um gol ou a um incidente de pênalti será limitado à fase imediata e não necessariamente voltará ao momento em que o time que ataca recuperou a bola.
– Outros fatores considerados serão a habilidade da defesa para se reposicionar e a dinâmica do ataque.
