Ela está manchada. Não por causa de carrinhos em gramados encharcados ou quedas por cima das faixas brancas que marcam o campo. Está manchada porque infelizmente virou símbolo controverso de um país que se dividiu politicamente, tendo sido golpeada por diversos lados.
Mas ela não tem culpa de nada. Nem de ser hoje a cor da direita, muito menos o motivo de ódio da esquerda. Também não tem culpa, aliás, de carregar no peito o emblema de uma instituição que nos últimos anos tem sido marcada pela corrupção.
Ela merece ser única e exclusivamente o que de fato é: a camisa principal da Seleção Brasileira, a nossa maior identificação na hora de a bola rolar. Dona daquele amarelo que faz saltar os olhos dos verdadeiros adversários e carrega consigo a imponência de cinco estrelas mundiais, conquistadas por nomes que nos encheram de orgulho (no futebol, logicamente), como Pelé, Garrincha, Carlos Alberto Torres, Tostão, Cafú, Romário e Ronaldo.
A partir de domingo, quando o Brasil estrear diante da Suíça na Copa do Mundo da Rússia, em Rostov, que ela volte a ser o que nunca deveria ter deixado de ser, com o real e histórico significado de sempre. Que traga alegria e compaixão, e não tristeza e desunião. Pelo menos até o dia 15 de julho, assim esperamos.