Após dois dias de reuniões, a ECA, grupo que reúne os principais clubes de futebol europeus, reiterou sua posição contra o novo Mundial de Clubes criado pela FIFA.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (26), Andrea Agnelli, presidente da Juventus e da ECA, disse que "já repetimos diversas vezes que o Calendário de Partidas Internacionais e demais competições já estão definidas e acertadas até 2024. Nossa prioridade agora é engajar os participantes da ECA em discussões sobre comos será o futebol internacional após 2024. Então a decisão de refazer o Mundial de Clubes em 2021 é uma que não podemos apoiar".
Segundo a revista alemã Kicker, a ECA ainda pode rever sua posição e dar apoio ao torneio mundial da FIFA, mas deve pedir uma revisão do formato e mais transparência nas decisões.
Agnelli reclamou durante a entrevista que os clubes não tem sequer informações suficientes sobre o Mundial de Clubes para analisar. "Quem iria se classificar? Não sabemos nada", disse.
O secretário da FIFA, Zvonimir Boban, que participou das reuniões, disse estar confiante de que os clubes europeus vão aceitar participar do Mundial de Clubes. Matérias publicadas pela imprensa europeia nesta semana dizem que apenas Real Madrid e Bayern de Munique votaram a favor da competição.
O acordo entre os clubes europeus sobre o funcionamento do calendário internacional dura até 2024 e, pelo o que foi indicado, nenhuma grande mudança deve acontecer até lá. Temas que se especulava que seriam discutidos nesta reunião, como jogos da Champions League em fins de semana e uma possível Superliga Europeia não foram abordados.
Para depois dessa data, a ECA deseja padronizar o número de jogos das principais ligas do continente e diminuir o número de janelas para jogos entre seleções.
O presidente da associação disse que atualmente as ligas europeias competem entre si e que os horários das partidas em diferentes países deveriam ser acertados em conjunto.