Jesualdo Ferreira foi apresentado oficialmente como treinador do Santos para 2020. Em entrevista coletiva realizada na Vila Belmiro, o português de 73 anos recebeu a camisa 10 do clube e esbanjou simpatia.
Mas não foi apenas a leveza do tricampeão português que animou ainda mais o torcedor do Santos, esperançoso de um 2020 melhor do que o surpreendente 2019, quando um time tido por muitos como limitado conseguiu ser vice-campeão brasileiro sob o comando do argentino Jorge Sampaoli. Jesualdo se derreteu pela história santista, mas também teceu comentários interessantes sobre como imagina o seu time nesta temporada.
Confira, abaixo, cinco falas do técnico português que deixam o torcedor santista encantado antes mesmo de a bola rolar.
Admiração de longa data
“O momento chegou agora. Com todas as dificuldades que pudesse sentir, jamais iria recusar vir treinar o clube do Pelé, um clube mítico, minha primeira referência do futebol brasileiro, quando o Santos foi campeão do mundo”.
“Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, com Zito por trás, foi a minha primeira referência. Quando entrei no Memorial, mexeu comigo. Eu gostaria muito de poder estar com eles, mostrar minha admiração e mostrar como são importantes para o clube. Essa é a história do Santos”.
Promessa de DNA ofensivo
“Ganhar vai ser o nosso lema, o nosso objetivo”.
“O Santos é uma equipe que jogava ofensivamente, uma atitude perfeitamente clara”.
Aproveitar a “Herança Sampaoli"
“Aquilo que Sampaoli fez ano passado foi um trabalho notável. Não estava nas previsões que pudesse fazer aquilo. Quando encontrar os jogadores, vou tirar o chapéu. Eles têm que se sentir orgulhosos do que fizeram ano passado. Só que a história não pode parar. É preciso criar outra história. Chegou o momento de o Santos pensar em criar outra história”.
Conhecimento da realidade brasileira
“O que acontece na Europa é que você tem quatro semanas para preparar uma equipe, mas depois também não para mais. O que é diferente é que os campeonatos são diferentes do que acontece no Brasil. Essa situação obriga que os treinadores e jogadores se adaptem. Eu tenho 10 dias para treinar a equipe, entrar no primeiro jogo e ganhar. Depois, ganhar. Onde está o tempo para treinar? Não tem. Vai ser durante a competição. Essa é a realidade. Isso influencia muito o que vai acontecer”.
Bom humor
“No meu país, dizem que eu sou um antipático. Agora, já dizem melhor (risos). Não se trata de simpatia. Trata de sentimento. Só é simpático quem se sente bem”.
