Por João Henrique Castro
Vai ser difícil! Até o dia 04 de outubro, data em que a Raposa terá a missão de reverter a desvantagem nas quartas de final da Libertadores contra o Boca Juniors, muita água vai passar debaixo da ponte. A decisão da semifinal da Copa do Brasil contra o Palmeiras, os duelos contra Santos e o alviverde paulista no Brasileirão estarão antes no caminho celeste. Mas é impossível já não pensar no desejo de vingar a derrota na Argentina da última quarta-feira.
Em um duelo com boa dose de equilíbrio, a Raposa teve chances importantes de ao menos marcar na casa do adversário. Mesmo com um a menos e já em desvantagem de dois gols, quase que o prejuízo foi menor em cobrança de falta de Edílson, espalmada por Andrada para escanteio.
Mas o desempenho da equipe e mesmo o placar acabaram virando situações menores diante da injusta e bizarra expulsão de Dedé em lance de dividida com o goleiro adversário.
Getty Images(Foto: Getty Images)
É bem verdade que a trombada foi feia e o arqueiro argentino até ficará fora do confronto de volta no Mineirão, mas é evidente que se tratou de um lance fortuito de jogo e que o zagueiro celeste não tinha intenção de atingir o goleiro rival, mas sim a bola. O resultado foi ficar com menos um em campo quando a partida ainda marcava 1 a 0, e Dedé era um dos melhores em campo, e, embora o Cruzeiro ainda recorra da decisão, ficar sem um dos principais jogadores da equipe no duelo decisivo.
A experiência recente contra os argentinos não é das melhores para o Cruzeiro, e virar o confronto será um feito dos mais complicados da história cinco estrelas, especialmente se Dedé realmente ficar fora da partida. Mas a torcida celeste promete fazer um caldeirão no Mineirão para lutar até o fim pela classificação, e pela revanche da injustiça sofrida por Dedé em Buenos Aires.
Com um ataque improdutivo ao longo do ano, o Cruzeiro terá que fazer uma das melhores partidas de 2018 para ficar com a vaga. Sassá e mesmo Fred buscam reunir condições para tentar mudar o panorama ofensivo até lá.
Fato é que a Raposa estará sedenta pela classificação. E que a força das arquibancadas e o talento da equipe produzam mais um épico na história cinco estrelas.
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João Henrique Castro é professor, historiador e, obviamente, cruzeirense. Daqueles que sabe que nada brilha mais no céu do que as cinco estrelas que traz no peito. |

