Por João Henrique Castro
O Cruzeiro esteve em excelente nível nas últimas duas apresentações pela Libertadores e praticamente assegurou sua passagem para o mata-mata do torneio continental.
A reação no torneio continental, onde a Raposa conquistou sete dos últimos nove pontos disputados, com dois jogos fora e um em casa, certamente ampliou a confiança da equipe, mas faltam ainda dois jogos para o retorno das atenções celestes aos mata-matas. Mais precisamente para o duelo contra o Atlético-PR em Curitiba pela Copa do Brasil.
Diante da torcida cinco estrelas no Mineirão, o time celeste terá a missão de bater Botafogo e Sport para não iniciar o Brasileirão de forma decepcionante como tem sido relativamente frequente após o tetracampeonato nacional em 2014.
(Foto: Ricardo Duarte/Internacional/Divulgação)
Cruzeiro na Libertadores: maiores goleadas, artilheiros e participações
À exceção de 2017, quando a Raposa alcançou sete pontos, o máximo possível em 2018, e o décimo lugar na quinta rodada, em todos os últimos Brasileiros o Cruzeiro começou devendo. Foram quatro pontos e o décimo quinto lugar em 2015 e cinco pontos e o décimo quarto lugar em 2016. Anos em que o time celeste esteve entre os melhores do returno, mas devido ao mau início chegou até a flertar com o rebaixamento e passou longe de brigar por Libertadores.
Ciente disso, o Cruzeiro tem nas próximas duas rodadas a pressão de se impor no Mineirão e obter duas vitórias para não começar mais um Brasileirão na metade de baixo da tabela. A situação ficaria ainda pior, por exemplo, se os líderes aproveitassem eventuais tropeços celestes para abrir mais vantagem e já deixar a equipe cinco estrelas praticamente fora da briga pelo título com o campeonato tendo acabado de começar.
É crucial, portanto, que a melhora de clima e de desempenho vista na Libertadores se projete, desde já, no Brasileirão. A missão de lutar em várias frentes é difícil, mas um mau início de temporada pode comprometer o ano como um todo, caso o esforço nos mata-matas não termine em título.
Unidos, torcida e time tem tudo para empurrar o Cruzeiro para metade de cima da classificação nas próximas duas rodadas. E espantar de vez qualquer ameaça de crise que possa se desenhar com um desempenho irregular no Brasileirão.
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João Henrique Castro é professor, historiador e, obviamente, cruzeirense. Daqueles que sabe que nada brilha mais no céu do que as cinco estrelas que traz no peito. |



