O Barcelona já esteve aqui antes. A derrota e eliminação para a Roma, terça-feira (10), na Champions League pode ter sido um grande choque, mas também é a decepção mais recente de um cenário constante nas últimas temporadas.
Desde o título em 2014-15, o Barça foi eliminado três vezes seguidas nas quartas de final, e esta última derrota abriu alguns ferimentos para os azulgrana.
A derrota de terça-feira (10), por 3 a 0, fez com que as duas equipes empatassem em 4 a 4 no total, com os italianos progredindo com a vantagem do gol fora de casa. Depois de uma temporada em que o Barça ficou invicto na liga espanhola e na Champions até terça-feira, o que deu errado para o clube catalão? E como eles podem garantir que algo similar não aconteça novamente daqui a um ano?
1. Opções para Busquets e um banco melhor
O meio-campista Sergio Busquets traz equilíbrio para o Barça, e adiciona estabilidade defensiva também. Ele é um jogador - juntamente com Lionel Messi - que não tem substituto à altura. Na janela de transferências, o Barça precisa pinçar alguém que possa cobrir o catalão. Steven N'Zonzi, do Sevilla, é uma opção que o clube considerou no passado.
Dois dos jogadores que entraram em Roma, Paco Alcacer e Andre Gomes, também não são do padrão exigido pelo Barça. Enquanto Paulinho, que teve um promissor início de temporada, nem sequer foi usado por Valverde no Estádio Olimpico.
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2. Ajuda para Messi
Messi não teve seu melhor jogo na noite de terça-feira, mas o atacante argentino não pode fazer tudo sozinho. Ele já levantou a equipe diversas vezes, mas na Champions isso não é suficiente.
Em seu primeiro encontro com Valverde no verão passado, Messi disse ao chefe do Barça: "Eu preciso de um time em volta de mim". Na noite de terça-feira, no entanto, o esforço coletivo deixou a desejar.
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Se Messi pode ser parado, o Barcelona também pode, e após a mudança de Neymar para o PSG o time catalão ainda busca o caminho certo para acabar com sua dependência do atacante argentino.
3. Rotação mais inteligente e gerenciamento da equipe
Ganhar a liga espanhola e a Copa do Rei é grande, mas uma dobradinha doméstica vai rapidamente perder o brilho para o Barcelona caso o rival Real Madrid vença a Champions League pela terceira vez consecutiva - e 13ª no total.
Enquanto o Barça gasta muita energia com um plantel menor, escolhendo praticamente o mesmo time todas as semanas na Espanha, os Blancos estão preparados para outro ataque ao cobiçado troféu europeu.
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Com a liga espanhola pausada há algum tempo, Valverde poderia ter usado alguns de seus jogadores principais na competição, porque muitos deles agora parecem esgotados quando mais precisavam. Será que um Iniesta já envelhecido realmente precisaria começar tantos jogos como tem feito? Por que o lesionado Gerard Pique jogou tanto pela Espanha no recente intervalo internacional? Por que Philippe Coutinho não começou todos os jogos na liga espanhola quando está cortado da Liga dos Campeões?
4. Hora de endurecer
O Barcelona foi golpeado e intimidado por um time da Roma que pressionou na última terça-feira, empurrando o time espanhol para trás e triunfando em uma batalha física no Estádio Olimpico. Ainda um dos menores times da Europa em termos de estatura média, o Barça ficou em segundo lugar diante de uma equipe faminta e, em um jogo tão intenso, Paulinho poderia ter proporcionado mais presença física no meio-campo.
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O Barça deveria estar melhor preparado para a batalha física que enfrentaria em Roma. Mas não foi o que aconteceu.
5. Valverde deve ser menos conservador
O treinador do Barça ainda não foi testado ao mais alto nível, e se quiser ficar em Camp Nou após esta temporada, também deve aprender as lições da frustrante derrota em Roma. Apesar da eficácia na Espanha, algumas das atuações na Europa deixaram muito a desejar, especialmente fora de casa.
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Valverde foi criticado no clube anterior, o Athletic Bilbao, por seu fraco desempenho, e no Barça a expectativa é maior. Isso inclui uma abordagem de jogo mais ousada.
Este é o Barcelona, não o Bilbao, e o Valverde precisa dar um passo à frente para atender às expectativas de seu atual clube.