A Conmebol resolveu punir o Santos por entender que o clube brasileiro escalou irregularmente o meia Carlos Sánchez no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, contra o Independiente, na Argentina.
"A Conmebol resolve declarar como perdedor o Santos Futebol Clube na partida disputada em 21 de agosto, determinar o resultado de 3 a 0 a favor do Club Atlético Independiente e confirmar a suspensão do jogador Carlos Andrés Sanchez Arcosa", diz parte do comunicado.
Com a decisão divulgada na manhã desta terça-feira (28), o jogo que tinha terminado empatado em 0 a 0 passa agora a ter como resultado oficial 3 a 0 para o Independiente. Assim, o Santos precisará vencer por pelo menos quatro gols de diferença às 19h30 (de Brasília), no Pacaembu, para avançar direto para as quartas de final.
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(Foto: Ivan Storti/Santos FC)
O Santos já anunciou que irá recorrer da decisão e promete, se necessário, ir também ao TAS, Tribunal Arbitral do Esporte, com sede na Suíça. A Conmebol deu sete dias para o clube brasileiro entrar com o pedido.
Além da punição ao clube, a suspensão de um jogo de Sánchez foi mantida fazendo com que ele não possa ser escalado por Cuca nesta terça.
Entenda o caso
Quando ainda defendia o River Plate, em 2015, Carlos Sánchez foi expulso por três partidas por ter agredido um gandula na semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Huracán, que deveriam ser cumpridas no torneio seguinte organizado pela Conmebol.
Após a eliminação no torneio, porém, o jogador uruguaio disputou o Mundial de Clubes de 2015 organizado pela Fifa e se transferiu para o Monterrey, do México, de onde saiu no último mês para o Santos.
Em seu centenário comemorado em 2016, a Conmebol declarou anistia para metade das suspensões. Arredondando para baixo, Sánchez, então, teria que cumprir um jogo de pena. O Santos, porém, consultou o COMET, programa da Conmebol para conferência de suspensões, e viu Sánchez liberado para atuar.
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(Foto: Ivan Storti/Santos/Divulgação)
Esse, inclusive, foi o principal argumento utilizado pelo Santos para se defender durante julgamento realizado ontem (27). O clube citou outros casos onde o COMET foi levado em consideração e que não ocasionaram em suspensão, como o de Zuculini, do River Plate, que foi utilizado em sete partidas de forma irregular, mas sequer teve o procedimento aberto pelo fato de a entidade admitir ter cometido um erro ao não informar o clube sobre a pena quando foi consultada no início da competição.
Apesar disso, o artigo 11.8 do Regulamento diz que “as suspensões automáticas são denominadas assim porque operam sem necessidade de que a Unidade Disciplinar informe ao clube ou ao jogador processado sobre as mesmas”, transferindo a responsabilidade aos times.


