
Não há dúvidas sobre a qualidade de Lionel Messi no futebol. É o maior jogador do Barcelona em todos os tempos, marca que atingiu com mais de 500 gols anotados e uma coleção de títulos históricos para o clube catalão. Está no mais alto escalão de lendas do futebol.
Mas sofre com as críticas por causa da falta de títulos importantes com a seleção argentina. Isso aumentou após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo para a França, depois de uma campanha decepcionante na fase de grupos do torneio realizado na Rússia.
Um lugar comum nas críticas feitas ao camisa 10 está na alegada falta de liderança exercida sobre os companheiros, em sua posição como capitão da Albiceleste. É algo alimentado pelas comparações com o que faz Cristiano Ronaldo com Portugal, um duelo de personalidades distintas e que ganhou ainda mais força graças ao caos estrutural que cerca a seleção argentina como equipe e, através da AFA (federação argentina), como entidade.
Alexander Hassenstein/Getty Images(Foto: Getty Images)
Na temporada 2018-19, Lionel Messi poderá mostrar que as críticas em cima de uma alegada falta de liderança, por não ser de esbravejar suas maiores emoções (ao contrário, prefere internalizá-las), são equivocadas. Pois com a saída de Andrés Iniesta para o futebol japonês, o argentino herdou a faixa de capitão. Longe de ser novidade ou surpresa, por ter sido um jogador talhado na base catalã e pela experiência e idolatria adquirida.
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Entretanto, ainda que talvez Messi nem pense nisso, também é uma oportunidade de acabar com um argumento fraco para criticá-lo. Afinal de contas, a normalidade diz que o argentino seguirá decidindo e encantando com a camisa do Barça. As críticas pela ausência dos títulos com a Argentina, onde já era capitão, perderiam um item e ficariam centralizadas nas debilidades da Albiceleste e uma eventual ansiedade.
Puyol, Xavi e Iniesta foram os antecessores de Messi como donos da braçadeira barcelonista. O zagueiro era o mais ‘xerifão’, enquanto Xavi falava até um pouco mais do que Iniesta. E o Barcelona seguiu a conquistar títulos com todos eles. Seguirá, também, com o craque argentino. Afinal de contas – e usando palavras do saudoso ‘Capita’ Carlos Alberto Torres – características diferentes estão presentes em líderes diferentes. Não existe fórmula.
Curiosidades
• O primeiro jogo de Messi como capitão do Barcelona foi na temporada 2012-13, um empate de 2 a 2 com o Celta de Vigo
• Em Copas do Mundo, Messi foi o jogador mais jovem a ter sido capitão da Argentina. Ele estava a dois dias de completar 23 anos quando Maradona, treinador, lhe deu a braçadeira antes de um jogo contra a Grécia, em 2010.


