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Jair Flamengo Peñarol 1982 Libertadores 03 04 2019

Cantarele relembra eliminação contra o Peñarol e aposta em título do Flamengo

O Flamengo em seu auge. Leandro, Júnior, Adílio, Andrade, Lico, Nunes e Zico entre os titulares daquela equipe que em 1981 conquistara a América e o mundo logo na primeira chance. Pouco menos de um ano após levantar a taça da Libertadores, a equipe treinada por Paulo Cesar Carpegiani já entrava como favorita à conquista do bi continental. A coincidência colocava na finalíssima o mesmo Cobreloa, do Chile, vencido após duras batalhas na temporada anterior. Mas no meio do caminho rubro-negro tinha o Peñarol.

O gigante uruguaio, que até aquele novembro de 1982 já possuía três Libertadores em suas prateleiras, havia iniciado sua campanha muito antes do Flamengo. Naquela época o campeão vigente ainda entrava direto na fase semifinal do torneio, disputada através de um triangular. Os Carboneros chegaram embalados após eliminarem São Paulo, Grêmio e Defensor. Mas disputar uma vaga na grande decisão contra River Plate e Flamengo não seria nada fácil.

Campeão brasileiro já naquela temporada, e na disputa pelo título estadual, o Rubro-Negro parecia ser um bicho papão e não voltou de cabeça baixa após a derrota por 1 a 0 sofrida no Uruguai. Na sequência, bateu River Plate e Defensor e uma vitória simples no Maracanã, justamente contra o Peñarol, levaria a equipe carioca à segunda final consecutiva. Não é nem preciso dizer que o Clube da Gávea era favorito, mas o futebol não apenas encanta: passa lições duras.

“O futebol não é uma coisa normal. Acontecem coisas inexplicáveis”, lembra o goleiro Cantarele, titular pelo Flamengo naquele jogo decisivo para a definição do finalista. Os donos da casa dominaram as ações, mas não adiantou. O castigo veio aos 25 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Figueiredo fez falta duvidosa na entrada da área. O brasileiro Jair, conhecido também como “Príncipe Jajá” desde os tempos no Internacional, foi para a cobrança. Um chute que receberia o carimbo de Zico. Um golaço de falta, como os flamenguistas tanto estavam acostumados a comemorar, mas desta vez não era a favor.

GFX Arrascaeta 03 04 2019

Até hoje Cantarele não concorda com a marcação da falta, mas reconhece os méritos de Jair: “Aquela falta não era típica de falta de Libertadores na época, nós achamos estranho. Falta normal, que geralmente o juiz não dava. Mas eu não vou tirar o mérito do Jair, porque ele cobrou muito bem”, destaca para a Goal Brasil. O Flamengo tentou, mas não conseguiu. Exatamente por isso, o clima no vestiário após a eliminação misturava tristeza com a sensação de dever cumprido.

“Foi um jogo atípico. A bola não entrava no gol deles, e num lance isolado o cara marcou. Mas faz parte do futebol, jogos atípicos. Foi um ambiente triste, mas ciente do que havia feito em campo. Jogamos o que era para jogar, e a bola só não entrou. Existem vários jogos em que o melhor às vezes não ganha. E aquele foi um. Empenho, raça, da gente, nunca faltou. Mas é futebol”.

O Peñarol avançou, conquistou o título sobre o Cobreloa e o mundo ao bater os ingleses do Aston Villa.

Aposta em título e confiança em Diego Alves e César

Foi, até hoje, a vez em que o Flamengo esteve mais perto de voltar a uma final de Libertadores. Mas Cantarele garante que o Rubro-Negro ainda chega lá. Confiante no poderio da equipe atual comandada por Abel Braga e especialmente na capacidade dos goleiros Diego Alves e César, o ex-camisa 1 vê a participação nesta Libertadores de 2019 com otimismo.

“O Flamengo servido lá de goleiro. Você pode escolher de olhos fechados porque os caras vão entrar lá e vão dar conta do recado. No Flamengo, a gente espera sempre o melhor. O Flamengo sempre se impõe jogando pela vontade de vencer. Independente de quem era o adversário. Neste ano espero que o Flamengo embale, chegue a final e ganhe”, concluiu.

Diego Alves Flamengo LDU Quito Libertadores 13032019Cantarele elogiou elenco e goleiros do Fla em 2019 (Foto: Alexandre Vidal/CR Flamengo)

Tanto o Flamengo quanto o Peñarol e até mesmo o Maracanã são bem diferentes em relação àqueles de 1982, mas a mística que envolve cada um destes três gigantes do futebol estará presente às 21h30 desta quarta-feira (03). A garantia é de estádio lotado e cheio de esperança para ver o Rubro-Negro conseguir sua primeira vitória sobre os Carboneros em duelos de Libertadores: as duas derrotas foram exatamente aquelas sofridas há 37 anos.

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