O Al Hilal, time da Arábia Saudita que enfrentou o Flamengo na semifinal do Mundial de Clubes em 2019, vive um drama particular por conta do coronavírus. No total, o elenco do atual campeão da Champions League Asiática conta com 26 membros que testaram positivo para a covid-19.
Futebol ao vivo ou quando quiser? Clique aqui e teste o DAZN grátis por um mês!
O time árabe não conseguiu a permissão para adiar a partida desse domingo (20) contra o Padideh Khorasan, do Irã, e foi a campo com apenas três jogadores como suplentes no banco de reservas.
Os problemas da equipe saudita começaram há oito dias e cresceram durante a semana que se passou até atingir um ponto crítico.
Uma semana de casos positivos
O drama do Al Hilal começou em 11 de setembro. Nesse dia, o time viajou para o Qatar para a disputa da Champions League asiática. No dia 12, seis jogadores testaram positivo para a covid-19. No dia seguinte, mais um atleta foi diagnosticado com a doença.
No dia 14, mesmo com sete jogadores de fora, o time comandado por Razvan Lucescu venceu o Padideh Khorasan por 2 a 1, na terceira rodada da fase de grupos.
Nos dias 16 e 17, mais quatro jogadores testaram positivo para a covid-19.
No sábado (19) a confusão tomou conta do clube pois quatro jogadores que tinham testado positivo, tiveram seus exames mudados e eles apontaram negativo. No mesmo dia, porém, quatro outros atletas, além de 10 membros da comissão técnica, descobriram que também estão com o novo coronavírus.
Nesse domingo (20), dia de jogo contra o mesmo Padideh Khorasan, sete jogadores realizaram segundos testes e ainda aguardam o resultado dos exames.
Empate heroico e classificação para as oitavas de final
O atual campeão asiático tentou adiar a partida por conta dessa infecção generalizada no elenco, mas teve seu pedido rejeitado e o jogo acabou acontecendo nesse domingo (20).
O Al Hilal levou a campo os 11 jogadores titulares, além de apenas três reservas, sendo que dois deles são goleiros. Ainda assim, e mesmo sem grandes nomes como Giovinco e Bafétimbi Gomis, o time da Arábia Saudita conseguiu segurar um histórico empate contra os iranianos e garantiu sua classificação para as oitavas de final do torneio continental e agora vai rumo ao bicampeonato do torneio asiático.
O time de Lucescu soma 11 pontos e é líder do Grupo B da AFC Champions League, com cinco jogos disputados, três vitórias e dois empates.
Champions asiática quer terminar ainda em 2020
O coronavírus causou uma grande confusão no calendário e na programação da Liga dos Campeões da Ásia. Apenas duas rodadas da fase de grupos foram disputadas antes da proibição de jogos por conta da pandemia. Por isso, a partir de 14 de setembro, os jogos voltaram a ser disputados com poucos dias de intervalo.
Isso porque, de acordo com a AFP, os oficiais da competição estão "confiantes" de que conseguem terminar o certame ainda dentro do ano de 2020.
Porém, não foram todos os jogos que voltaram a acontecer. As partidas de times do leste asiático jogarão as últimas rodadas da fase de grupos apenas a partir de 16 de outubro e ainda não há lugar definido para receber os jogos. Para se ter uma ideia do tamanho do transtorno e confusão que tem sido essa competição em meio à pandemia global, os times da China não disputaram absolutamente nenhum jogo da competição até aqui, especialmente por ter sido o país onde a doença teve seu início.
A fase eliminatória contará apenas com jogos únicos, a exemplo da Champions League europeia, e a finalíssima está marcada para o dia 5 de dezembro.
Também de uma forma parecia com a Liga dos Campeões da Europa, o torneio asiático adotou a estrutura de uma "bolha" no Qatar, em que nenhum atleta, membro da comissão técnica ou funcionário do clube pode deixar o local sem uma autorização prévia e todos seguem em convivío com regras restritas e isolados do contato com o mundo fora daquele local.


