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Diego Souza Botafogo 21 07 2019Vítor Silva/Botafogo

Botafogo sofre com ataque, mas não tem solução milagrosa

Após a derrota em casa por 1 a 0 para o Santos, neste domingo (21), pela 11ª rodada do Brasileirão, o técnico Eduardo Barroca reconheceu que o revés não era o resultado esperado e identificou a falta de agressividade ofensiva como ponto a ser melhorado.

“Temos tido dificuldade na transição do meio para a frente com o controle do jogo. Tivemos nove escanteios, muita finalização bloqueada. Estamos com dificuldade de encontrar clareza para transformar o controle em oportunidades. Responsabilidade minha encontrar as soluções”, disse Barroca após o jogo.

A “dificuldade de encontrar a clareza” para levar perigo real ao adversário, um dos maiores problemas deste Botafogo em 2019, ficou, mais uma vez, evidente. Em duelos realizados no Rio de Janeiro pelo Campeonato Brasileiro, o Glorioso criou, contra o Santos, o seu maior número de oportunidades segundo as estatísticas da Opta Sports [9]. Mas teve o pior número de finalizações completas – aquelas que não são bloqueadas pelo adversário. Foram cinco, dentre as quais apenas uma foi na direção do gol defendido por Éverson.

Retranca dos passes?

Eduardo Barroca Botafogo 21 07 2019FlickrDefesa melhorou com Barroca; ataque deixava a desejar antes mesmo de sua chegada (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

“O time tem muito a bola, mas pouco faz”, podem observar alguns. O estilo de jogo com grande valorização dos passes é, para parte da torcida e crítica, o principal problema deste Botafogo de Barroca, apenas pelo contraste com um ataque bem ruim.

Contudo, quanto mais tem a esfera em seu domínio os adversários têm menos oportunidades de atacar, e como possui um elenco tecnicamente inferior na comparação com os outros considerados ’12 grandes’, é algo que pode ser visto muito mais como estratégia de defesa do que propriamente de ataque – uma espécie de ‘retranca dos passes’.

Tem dado certo defensivamente: em 2019 o Botafogo treinado por Barroca sofre menos gols em média [0,69] do que a versão anterior, de Zé Ricardo [0,94], que por ter comandado o time no primeiro semestre ainda disputou jogos contra rivais piores, por conta dos estaduais. Este nível mais abaixo, fruto de um calendário dividido em duas partes bem distintas, também ajuda a explicar por que o ataque daquele Alvinegro treinado por Zé balançava, em média, mais as redes [fazia 1,53 tentos por jogo na comparação com 1 de Barroca].

Problema na formação do elenco

Victor Rangel Botafogo Santos 21 07 2019FlickrVictor Rangel, a nova contratação para o ataque (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Ainda em sua entrevista pós-jogo, Barroca prometeu: “preciso encontrar a forma de fazer com que a gente crie mais chances. Não sou homem de fugir de responsabilidades”. Mas as suas opções no ataque, exceção a Erik, estão longe de serem boas. Principal contratação para 2019, Diego Souza não tem sido uma referência daquelas, que prendem zagueiros e dão profundidade ao time, e fez poucos gols – somente três. Contratado junto ao CRB, Victor Rangel, de 28 anos, também não inspira esperança de poder melhorar este quadro.

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Em 2019, Erik, um ponta, é o maior artilheiro do Botafogo. Fez nove gols. Alex Santana e Cícero, meio-campistas, estão logo atrás. O problema de fazer o time melhorar no ataque passa muito pela formação de um elenco ruim. Mas o que fazer quando você é o clube com maior dívida [R$ 672 milhões] no país, convivendo ainda com atrasos salariais? Neste domingo, o Santos ganhou apenas por causa do brilho individual de Marinho, que tirou da cartola um chute perfeito no ângulo de Gatito Fernández.

Independentemente dos problemas vividos pelo clube, é dever do treinador buscar, sempre, alternativas para melhorar o que não está dando certo. Neste Botafogo, o problema maior dentro do campo-e-bola é o ataque. Mas é mais provável ver o time seguir apostando na “retranca dos passes” para evitar derrotas, e quando vier uma vitória aqui, outra ali, melhor ainda.

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Perguntas frequentes

A primeira edição do Campeonato Brasileiro por pontos corridos foi disputada em 2003, ano em que o Cruzeiro se sagrou campeão.

Não. Em 2003 e 2004, o Campeonato Brasileiro tinha 24 times, número que baixou para 22 na edição de 2005. Desde 2006, 20 equipes participam da Série A do Brasileirão.

Desde 2016, os seis melhores times do Brasileirão garantem uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte, sendo que os quatro primeiros vão diretamente para a fase de grupos e os outros dois disputam a pré-Libertadores.

Considerando toda a história do Campeonato Brasileiro, Roberto Dinamite, com 190 gols em 328 jogos, é o maior goleador da competição.

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