O Real Madrid esteve prestes a vacilar pela primeira vez desde a chegada de Zidane. E isso porque o adversário era o lanterna da Liga: o Huesca, que abriu o placar no segundo minuto e, após sofrer a virada, conseguiu empatar nos instantes da partida.
Foi uma partida em que o técnico francês usou para continuar fazendo testes no seu elenco. Varane, Kroos, Modric e Asensio ficaram em casa, se unindo a Courtois, Carvajal e Vinicius como desfalques. E com isso, Zidane revolucionou o time titular pensando mais no mercado de transferências do que na classificação do campeonato. A "feliZidane" esteve a três minutos de sua primeira decepção se não fosse o gol decisivo de Benzema no último minuto.
Dito isso, a partida gerou pouca expectativa, para dizer de um jeito educado. Esta temporada já foi esquecida, ao ponto de Zidane reconhecer publicamente que não vão ganhar mais nada. O jogo deste domingo teve o segundo pior público do Santiago Bernabéu e não foi por acaso. Os onze escolhidos por Zizou também não ajudaram.
Entre descartados, lesionados e substitutos na escalação de Zidane, praticamente só Benzema e Sergio Ramos poderiam ser considerados titulares indiscutíveis desta temporada.
Felizmente não havia nenhum botão vermelho nas arquibancadas. Porque tenho certeza que mais de um deles teria apertado para parar o jogo, que foi duro de assistir. A pressão do Huesca prejudicou a saída de bola do Real Madrid, deixando a partida cheia de erros não forçados.
Para o Real Madrid, no entanto, a melhor notícia não foi o resultado final. Foi bom ver jogadores como Brahim e Marcos Llorente lutando por uma vaga no elenco merengue. Isco ainda está longe da melhor forma, mas pelo menos deu mais um passo na sua recuperação com outro gol (o segundo em dois jogos com Zidane). Odriozola deixa a sensação de não ter que provar mais nada. Marcelo e Bale voltaram à escuridão que se acostumaram ao longo da temporada. O experimento de Zidane só funcionou até a merda metade. Ou menos ainda.




