Karim Benzema foi motivo de muitas críticas em suas últimas temporadas pelo Real Madrid, principalmente pelo baixo número de gols anotados para um atacante. Na temporada passada, o francês balançou as redes em 12 ocasiões, número superior apenas ao de sua chegada ao Bernabéu, quando ainda não era titular absoluto e tinha a concorrência de Higuaín no comando de ataque.
Entretanto, sua importância na equipe titular era justificada especialmente pelo papel tático que ajudava Cristiano Ronaldo a decidir dentro da área. O francês, cada vez mais, saía da área, atraindo os defensores adversários e ajudando a criar justamente o espaço para o português avançar e estufar as redes. No final da passagem de CR7 pelo Bernabéu, nenhum outro jogador havia lhe dado tantas assistências em toda a sua carreira: Benzema deu 42 passes para gols do luso.
Com a saída de Cristiano para a Juventus, e falta de contratações até o momento para o comando de ataque, a responsabilidade para balançar as redes caiu justamente nos remanescentes do Trio BBC: Bale e Benzema. E as exibições do francês, em um primeiro momento, demonstram uma transição. Ele ainda sai bastante da área, criando espaços para Asensio e Bale (os dois jogadores de frente que mais tocam na bola dentro do retângulo, pelo Madrid), mas foi justamente quando Karim apareceu mais como referência que brilhou pela primeira vez na edição 2018-19 da liga espanhola.
Ainda que o seu primeiro gol tenha sido de pênalti, Benzema foi um dos destaques da goleada por 4 a 1, fora de casa, sobre o Girona, pela segunda rodada do campeonato nacional. O francês esteve mais presente na área, e honrou a camisa 9 às suas costas quando aproveitou passe de Bale para transformar a vitória em goleada no último domingo (26). Em suas únicas duas finalizações a gol, estufou as redes. Mas, acima de tudo, finalizou mais vezes, deu mais trabalho.
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Com o desafio de melhorar a sua marca goleadora no Real Madrid, em apenas três jogos atingiu 25% de seu total na última temporada, com os três gols (considerando também a Supercopa da Europa) que fez até o momento. Chegou a 195 no total de sua passagem como merengue e se aproxima aos 208 que o lendário Hugo Sánchez fez entre as décadas de 80 e 90. Na temporada do “agora ou nunca” para voltar a ser referência de gol no Bernabéu, o francês dá sinais animadores na equipe agora comandada por Julen Lopetegui.
