Josep Maria Bartomeu decidiu deixar a presidência do Barcelona, segundo pôde confirmar a Goal. Em meio a um processo cuja votação poderia determinar sua impugnação no cargo, o dirigente optou por renunciar após entrar em conflito com o governo regional da Catalunha. No duelo de egos e poderes do clube, quem sai ganhando é Lionel Messi.
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A decisão de Bartomeu acontece em meio à indefinição sobre a votação da moção de censura contra ele. O dirigente e sua cúpula queriam adiá-la para meados de novembro, mas para isso precisavam de uma postura favorável do governo regional da Catalunha. Afinal, por questões estatutárias, a votação deveria acontecer no início de novembro.
Bartomeu, por sua vez, alegava que precisava de mais tempo para organizar uma votação segura em termos de saúde para os sócios. Como o governo da Catalunha disse que já há condições para que a votação seja no início da próxima semana, o presidente optou por sair. Ainda não há um comunicado oficial sobre a renúncia.
Presidente do Barcelona desde 2014, quando substituiu Sandro Rosell após polêmica envolvendo a contratação de Neymar, Bartomeu assumiu o cargo como interino e depois foi eleito em 2015 para a função.
Messi x Bartomeu
O movimento a favor da saída de Bartomeu da presidência do Barcelona começou ainda em fevereiro, quando a Cadena SER publicou que o clube havia contratado uma empresa de marketing digital para criticar Messi, sua esposa, Antonella, e outros jogadores do time, além de adversários políticos.
Neste momento, deu-se início ao escândalo que ficou conhecido como BarçaGate. Após desmentidos e dossiês evidenciando as relações do Barcelona com tal empresa, houve também forte reação do vestiário do Barcelona contra Bartomeu.
E o auge do conflito se deu em setembro. Após a eliminação do Barcelona na Liga dos Campeões, Lionel Messi acionou o clube pedindo a rescisão de seu contrato com base em uma cláusula de seu acordo. Segundo a mesma, Messi poderia deixar o Barcelona de graça até o dia 10 de junho, quando terminaria a temporada europeia.
No entanto, devido à pandemia do novo coronavírus, toda a temporada se arrastou e, no entendimento de Messi, ele poderia acionar a cláusula ao fim da temporada, mesmo que essa data sendo posterior a 10 de junho.
Como Bartomeu não abriu mão dessa data, Messi comunicou no dia 4 de setembro, em entrevista exclusiva à Goal, que ficaria no Barça e que não entraria na Justiça contra o clube, permanecendo até o fim de seu vínculo, em 2021. Agora, com Bartomeu de saída, o futuro de Messi fica ainda mais aberto.




