O futuro do Barcelona está em jogo nas competições internacionais após um escândalo envolvendo favorecimento da arbitragem do futebol espanhol. Os gigantes catalães estão sob investigação de La Liga e da Uefa, depois da acusação de que eles haviam feito vários pagamentos ao ex-vice-presidente do Comitê Espanhol de Arbitragem entre 2001 e 2018.
Os processos judiciais estão em andamento, enquanto o Barça enfrenta a ameaça de sanções de órgãos governamentais nacionais e europeus. Dentre as punições, é possível que a equipe seja impedida de competir na Liga dos Campeões de 2023/24.
Joan Laporta, presidente do clube, porém, acredita que os esforços do presidente de La Liga, Javier Tebas, para manchar a reputação do Barça, não darão em nada. O mandatário disse: “Se falei de Tebas é porque, como presidente da LFP, ele está se comportando de forma absolutamente irresponsável.
"Ele está tentando prejudicar a reputação do Barcelona. Ele tem uma série de ações constantes, com suas afirmações, nas quais valida hipóteses que são falsas. Ele diz que o Barça reconheceu que esses serviços não existiam e não é o caso. Graças ao trabalho de compliance, de 2014 a 2018. Tebas tentou fazer com que a Uefa participasse desse linchamento público."
FC Barcelona"Inicialmente, o Ceferin fez algumas declarações, mas agora ele está agindo com prudência. Até agora, Ceferin não caiu na armadilha de Tebas. Acho que ao longo da história do futebol houve verdadeiros escândalos. Aqui uma falsa hipótese é validada. Pelas informações que tenho, a Uefa entende que isso está em um processo judicial. Entendo que será avisado quando houver um julgamento. Vamos continuar normalmente."
Laporta também afirmou que o Barça está sendo alvo devido ao seu apoio aos planos fracassados da Superliga que ameaçaram tirar o poder da Uefa de organizar as principais competições do continente.
O Barcelona está atualmente com 11 pontos de vantagem sobre o Real Madrid no topo da tabela de La Liga. Ao fechar mais um triunfo do título, espera competir com a elite europeia de alguma forma na próxima temporada.
Entenda o caso
O Barcelona é acusado de realizar pagamentos a empresas de propriedade de José Maria Enriquez Negreira, ex-vice-presidente do comitê de árbitros da Espanha. O mandatário teria recebido cerca de 7 milhões de euros (R$ 40 milhões) entre 2001 e 2018 para "ajudar" a equipe nas partidas.
Embora ainda não ocupasse a posição, Negreira teria sido pago para favorecer as decisões dos árbitros de campo a favor do time nas partidas, incluindo em jogos da Liga dos Campeões. Com isso, o clube pode sofrer punições continentais, como ser proibido de jogar a Champions.
Além disso, caso seja provado o suborno aos árbitros, o clube fere o regulamento da entidade espanhola que diz sobre integridade, lealdade e espírito esportivo. A punição nesses caso pode chegar até ao rebaixamento da equipe em La Liga.
Do lado da Uefa, a entidade não aceita clubes envolvidos em esquema de manipulações. Por isso, caso seja provado a interferência até o fim desta temporada europeia, a entidade pode não permitir a participação do Barça em nenhuma de suas competições.
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