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Simeone Atlético de Madrid 20 02 2019Getty Images

Atleti de Simeone obriga Juventus a um feito épico e inédito

Header Tauan Ambrosio

Diego Simeone transformou o Atlético de Madrid desde a sua chegada à área técnica. Pegou um clube que iniciava passos mais ousados e transformou em um dos times mais respeitados da Europa, colecionando sete troféus e alcançando a final da Champions League duas vezes. Os Colchoneros deixaram de ser os ‘Pupas’, café com leite, e hoje olham no olho de qualquer adversário.

Foi assim contra a Juventus, quarta-feira (20), na primeira partida das oitavas de final da Champions League. O jogo começou com Oblak sendo exigido em uma bomba desferida por Cristiano Ronaldo, grande algoz dos Colchoneros na época de Real Madrid, em cobrança de falta. A etapa inicial foi marcada pelo equilíbrio, com os italianos dominando a posse de bola e preferindo jogar pela esquerda na fase ofensiva – com  Alex Sandro e Cristiano Ronaldo a trocarem muitos passes – enquanto os donos da casa seguiam no seu já conhecido estilo: compactação quase perfeita no 4-4-2, concentração sem a bola e raciocínio rápido com a esfera na hora de contra-atacar.

O primeiro tempo terminou sem gols, apesar de emocionante. Na etapa derradeira, entretanto, o duelo não seria resolvido apenas pelo talento, tática ou sorte. O moral que a inflada torcida espanhola inseriu em cada um dos jogadores ficou evidente depois que Giménez abriu o placar após escanteio. Antes, o gol de Morata já havia sido anulado através da interferência do VAR. A Juventus sentiu psicologicamente e piorou uma exibição que já não era de suas melhores. As alterações de Allegri também não surtiram efeito em uma equipe tão anulada quanto sem inspiração.

Quando Godín, alma espiritual do crescimento colchonero desde a chegada de Simeone, fez o segundo gol - também aproveitando bate rebate após a bola ser levantada na área – ao finalizar e contar ainda com um leve desvio em Cristiano Ronaldo, o Metropolitano explodiu como se fosse o antigo Vicente Calderón. Simeone fez o gesto de ‘cojones’, exaltando coragem e entrega de seu time. Com 37% de posse de bola, o Atlético de Madrid não apenas chegou mais ao ataque. Chegou melhor e o resultado poderia ter sido mais elástico se o goleiro Szczesny não tivesse salvado uma finalização de Griezmann, ainda no primeiro tempo, contando ainda com a ajuda do travessão.

Defender para atacar. E atacar com o máximo de eficiência. Dizer que um time “sabe sofrer” virou algo comum no futebol, especialmente na mentalidade resultadista e pouco inspirada como a que temos nos gramados brasileiros, mas se há uma equipe que pode usar esta frase com tranquilidade é o Atlético de Madrid. Porque sabe fazer isso encantando através de uma entrega, coração e, por que não, cojones de seus jogadores e torcida. A vantagem para o jogo de volta, marcado para 12 de março, é grande e o histórico recente tanto do Atleti quanto da Juve demonstram muito bem este cenário.

Diego Godin Atletico Madrid 2018-19Getty Images (Foto: Getty Images)

Desde que Simeone voltou ao Atleti, desta vez como treinador, o clube jamais foi eliminado após ter vencido um jogo de mata-mata em casa. Considerando os duelos de ida e volta de Copa do Rei, Europa League e Champions. Está acostumado ao cenário em que se encontrará daqui a pouco menos de um mês. Do outro lado, a Juventus nunca se recuperou após sofrer um 2 a 0 em toda a sua história europeia. Foram cinco tentativas. Na temporada passada, os italianos chegaram perto de fazer história contra o Real Madrid: depois de sofrerem 3 a 0 em casa, devolviam o placar na Espanha até um pênalti ser marcado nos últimos minutos.

A Juve ainda pode sonhar. Tem uma das melhores equipes da Europa e o melhor jogador do mundo nos últimos anos. Mas se conseguir a classificação para as quartas de final terá escrito um épico. O normal é o Atlético de Madrid avançar, uma situação que demonstra toda a revolução colchonera desde a chegada de Simeone.

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