A seleção brasileira já trabalha pensando em sua estreia nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar, e uma das maiores dúvidas é como Tite vai armar o seu ataque.
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Em entrevista concedida ao jornal O Globo, o treinador explicou que, por causa da falta de tempo para treinar em meio ao cenário de pandemia, a sua ideia é não mudar muito as posições dos jogadores em relação ao que estas mesmas peças estão acostumadas a fazer em seus clubes.
“Aproveitar a execução deles nos clubes, porque não tenho tempo de treino. Em tão pouco tempo não dá para ter invencionice”, afirmou o treinador, que vê a primeira linha defensiva e a parte de contenção/transição do meio-campo bem estabelecidos enquanto pensa do principal desafio: como montar a linha de frente.
E no treino desta terça-feira (06), na Granja Comary, as primeiras impressões foram de manutenção de uma trinca de jogadores atuando atrás de Roberto Firmino.
Neymar, que na última temporada teve seus melhores momentos centralizado no PSG, jogou aberto pela esquerda, faixa de campo onde passou a maior parte de sua carreira, e teve boa interação com Roberto Firmino. Coutinho, que ensaia uma recuperação no Barcelona atuando centralizado (embora caindo pela esquerda, ensanduichado em meio aos recuos de Messi e ao ponta-esquerda Ansu Fati), segue como opção entre os titulares.
A grande dúvida ficou com a ponta-direita, onde Everton Cebolinha, ponta-esquerda, foi testado.
Único desfalque no treino desta terça (06), Richarlison pode ser utilizado neste papel. O atacante do Everton, inclusive, já desempenhou esta função durante a conquista da Copa América em 2019, mas embora se comprometa a estar disponível para o que for, voltou a dizer, em entrevista para a Fifa, que o seu desejo é brigar pela camisa 9 com Firmino.
“Se você está me perguntando onde eu prefiro jogar, é como centroavante. Eu já disse ao Tite que é onde eu gosto de jogar, mas cabe a ele e ao Ancelotti (treinador do Everton) tomarem a decisão. Para mim o mais importante é estar jogando e me dedicando ao máximo”, disse o carismático atacante, que na Inglaterra também é utilizado muitas vezes na ponta-esquerda.
Dentre os nomes disponíveis ao ataque da seleção que, em seus clubes, se acostumaram a jogar mais próximos da faixa direita do gramado, as opções são Rodrygo (Real Madrid) e Everton Ribeiro (Flamengo). Tite pode ter suas dúvidas sobre como armar o ataque, mas não dá para reclamar das peças à sua disponibilidade.

