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Flamengo Libertadores 02102019

Adeus time banana: Jesus transforma o Flamengo em bicho papão


Por Bruno Guedes - @brguedes


Nos últimos anos o Flamengo sofreu em diversas retas finais de competições por conta da falta de ímpeto para decidir. O comentarista Mauro Cézar Pereira cunhou o apelido "time banana" para isto. Agora, com Jorge Jesus, Flamengo se impõe a qualquer adversário dentro ou fora de casa. E se transformou em um bicho papão.

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Na Libertadores de 2017, quando foi eliminado pelo San Lorenzo, o Rubro-Negro não segurou a pressão nos momentos finais da partida e deixou escapar a classificação. Um vexame homérico. Repetiu o erro em diversas ocasiões, como nas finais da Copa do Brasil e Sul-Americana. Além de deixar o título fugir em 2018, no Brasileirão. Um time que quando exigido, falhava. Time sem atitude, sem vontade, banana.

Jorge Jesus Grêmio Flamengo Libertadores 02102019Getty

Com a chegada do Jorge Jesus, sem os vícios do arcaico futebol do Brasil, isso mudou. Agora tenta se impor em qualquer jogo. O Flamengo joga de forma não só equilibrada taticamente, como forte psicologicamente. Sua imposição técnica e tática colocam os adversários contra as cordas e buscam sempre a concentração. A busca é pela vitória sempre e não importa quem está do outro lado.

Junta-se a isso a experiência do elenco. Com atletas de muitas rodagens e decisões mundo afora, casos de Rafinha, Filipe Luis, Mari e Diego Alves, a equipe ganhou um esqueleto mental fortíssimo para sempre manter focado o resultado do jogo. Mesmo ganhando, nunca muda a chave e continua buscando o gol. Foi assim que eliminou o Inter fora de casa, atropelou o Palmeiras e ganhou da excelente equipe do Santos mesmo sendo pressionado.

A prova desse novo momento do Flamengo é vista justamente nas falhas. Contra o Grêmio, nos minutos finais da partida, o time se desconcentrou por questões de segundos e levou o gol. Muito superior na partida, esperou demais por uma decisão do árbitro de parar a partida, ou os jogadores tricolores colocarem a bola pra fora, mas sofreu o empate. Um descuido que Jesus abordou em coletiva e será alvo de reparação para o futuro.

O time banana foi colocado no liquidificador. Hoje o Flamengo tem uma equipe forte mentalmente e nas atitudes. Acabou se tornando um abacaxi difícil de descascar pelos adversários. E os méritos são do Jorge Jesus, que não se escora em muletas e vícios de um futebol que ficou para trás.

Bruno Guedes colunista torcedor Flamengo

Bruno Guedes é músico, apaixonado por futebol e beisebol. Brasiliense por certidão e carioca de coração, acredita no futebol brasileiro e tem Romário como o maior jogador que viu dentro das quatro linhas.

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