Vencedora da Bola de Ouro, Ada Hegerberg, principal jogadora da seleção norueguesa revelou no ano passado que não disputaria mais a Copa do Mundo de Futebol Feminino que será realizada em junho deste ano, na França. Mas qual seria o motivo da jogadora tomar a decisão de não entrar em campo no principal torneio da modalidade junto a equipe?
Após a campanha abaixo do esperado na Europa League 2017, na qual a seleção encerrou a participação no torneio em último lugar na fase de grupo sem marcar gols, Hegerberg anunciou o afastamento do time nacional devido as condições dadas às mulheres no futebol.
Em entrevista à CNN, a jogadora lamentou não atuar junto com as ex-companheiras de seleção no mundial, mas ressaltou preferir lutar pela causa no esporte: “Obviamente, eu adoraria jogar pelo meu país. Eu tenho sido bastante crítica e direta com a federação sobre o que senti. E eu senti que isso não foi bom o suficiente para minha carreira na equipe nacional”.
Getty
(Foto: Getty Images)
"Eu sei o que quero e conheço meus valores e, portanto, é fácil tomar decisões difíceis quando você sabe quais são as ambições e os valores que você defende. É tudo sobre permanecer fiel a si mesmo, seja você mesmo”, disse.
Em 2017, a Federação Norueguesa de Futebol junto com a Associação de Jogadores do país assinou um acordo sobre igualdade salarial para ambos os gêneros. Joachim Walltin, ex-jogador e chefe do sindicato de jogadores na Noruega, comentou, na época, que o país se importava com a igualdade de gênero e que o pagamento igual seria importante para o crescimento da nação dentro do esporte.
Entretanto, para a realização do pagamento igualitário, os jogadores do sexo masculino teriam que doar o valor arrecadado em atividades comerciais realizadas junto ao clube nacional, para as atletas.
Em entrevista à Omnisport, Hope Solo, goleira dos Estados Unidos, apoiou a causa de Ada Hegerberg: “Não vamos criar a mudança que queremos ver no futebol feminino até que pessoas como Ada tomem uma postura”.
