Athletico, semifinal da Libertadores 2005Getty Images

A campanha do Athletico-PR na Libertadores 2005

Mais uma Copa Libertadores está próxima de ser finalizada, e chegar na final do torneio para o Athletico não é novidade, sendo sua segunda vez nesta fase da competição e na busca pelo título inédito, contra um forte Flamengo que recupera seu instinto vencedor.

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O time comandado pelo histórico treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão, mostrou capacidade, mentalidade e força para chegar a este momento da Libertadores. O jogo da final acontece em 29 de outubro deste ano, e recebe os dois brasileiros em Guayaquil, no Equador, no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo.

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Pelo lado do Flamengo, foram cinco finais ao todo, conquistando dois títulos, em 1981 e 2019. Pelo lado do Furacão, a outra única vez em que a equipe paranaense chegou na finalíssima foi em 2005. Veja, abaixo, como foi a campanha do Athletico há 17 anos atrás, quando o clube ainda se chamava "Atlético" sem "H" e também tinha o clássico escudo redondo.

Como o Athletico se classificou para a Copa Libertadores de 2005?

Washington Coração Valente, Atlético Paranaense 2005Acervo CAP

Em 2004, através do Campeonato Brasileiro, assim como atualmente, o Athletico conseguiu a vaga para a Libertadores. Para tal, precisava ficar entre os três primeiros para se classificar diretamente, ou no máximo em quarto lugar, para chegar às preliminares, e o Furacão buscou a segunda posição, ficando atrás apenas do Santos, por três pontos.

No total, o Athletico somou 25 vitórias, 11 empates e dez derrotas em 46 jogos disputados, quantidade de partidas da época por edição, já que a Série A contava com 24 equipes. Não por menos, claro, o Furacão concluiu o Brasileirão de 2004 com 86 pontos e o segundo melhor saldo de gols, com 37 positivos.

Washington "Coração Valente" foi o grande artilheiro daquela equipe e do torneio em 2004, com simplesmente 34 gols marcados. O atacante, porém, não seguiu com a equipe para o ano seguinte, e acabou sendo transferido para o Tokyo Verdy, do Japão, em 2005.

Quem formava o grupo do Athletico na Copa Libertadores de 2005?

Atlético Paranaense x Independiente de Medellín, Fase de Grupos Libertadores 2005Getty Images

Para a edição da Copa Libertadores daquele ano, o Athletico chegou para disputar vaga em um grupo composto pelas seguintes equipes: Independiente e América de Cali, da Colômbia, e Libertad, do Paraguai.

Na última rodada de jogos do Grupo A, do Athletico, era o tudo ou nada para o Furacão, já que os brasileiros jogaram contra o Independiente em casa mas acabaram derrotados por um entristecedor 4 a 0. Caso o América de Cali vencesse o Libertad, o Furacão estaria fora da Copa Libertadores.

A equipe paraguaia, no entanto, acabou superando os colombianos e os venceram, como visitantes, por 1 a 0, e o Athletico se assegurou no segundo lugar. Veja como ficou o grupo ao fim da fase de grupos:

POSIÇÃO

EQUIPE

PONTUAÇÃO

PARTIDAS

VITÓRIAS

EMPATES

DERROTAS

GOLS MARCADOS

GOLS SOFRIDOS

SALDO DE GOLS

Independiente (COL)

10

6

3

1

2

14

8

6

Athletico

10

6

3

1

2

8

11

-3

América de Cali (COL)

9

6

3

0

3

7

7

0

Libertad (PAR)

6

6

2

0

4

8

11

-3

Quais foram os adversários da Athletico até a final da Copa Libertadores de 2005?

Atlético Paranaense x Cerro Porteño, Oitavas de Final Libertadores 2005Getty Images

Após a classificação na segunda posição da fase de grupos da Libertadores, o Athletico enfrentou o Cerro Porteño nas oitavas de final da competição: foram dois placares iguais, dentro e fora de casa, por 2 a 1, o que levou à disputa de pênaltis, que terminou em 5 a 4 para o Furacão, após penalidade defendida pelo goleiro Diego e com o último tento marcado por Evandro.

Atlético Paranaense x Santos, Quartas de Final Libertadores 2005Getty Images

Nas quartas, o Athletico acabou pegando um adversário de peso, o Santos, então campeão brasileiro de 2004. No primeiro confronto, jogando na Arena da Baixada, o Furacão derrotou o Peixão por 3 a 2 com um jogador a menos, já que Alan Baia acabou expulso. No jogo de volta, os paranaenses saíram ainda mais vitoriosos, ganhando da equipe paulista por 2 a 0 na Vila Belmiro, com tentos de Aloísio Chulapa.

Atlético Paranaense x Chivas, Semifinal Libertadores 2005Getty Images

Chegando à semifinal, o Athletico tinha confiança de sobra para enfrentar o Chivas, do México, apesar da equipe de Guadalajara ter vencido o Boca Juniors por 4 a 0 em casa e empatado em 0 a 0 em La Bombonera para se classificar às semis. Ou seja, não seria um adversário qualquer.

De qualquer modo, o Furacão não se abalou e os ventos na Arena da Baixada sopraram fortemente: o primeiro jogo terminou 3 a 0 para a equipe brasileira, com gols de Aloísio Chulapa, Fernandinho, que está de volta ao clube após 17 anos para mais uma final de Libertadores, e Fabrício.

Skavinski, do Athletico-PR, comemora classificação para final da Libertadores 2005Getty Images

No confronto de volta, o nervosismo era intenso, mesmo com a grande vantagem atleticana. O Chivas abriu o placar em 1 a 0, e acabou tomando o empate com gol de Lima para os brasileiros. Com o inspirado atacante novamente, o Athletico ampliou: 2 a 1. No final de jogo, Palencia ainda arrancou de novo um empate para os mexicanos em 2 a 2, mas terminou assim, e o Furacão foi para sua primeira final de Libertadores da história com agregado de 5 a 2.

Como foi a decisão da Copa Libertadores de 2005, entre Athletico x São Paulo?

Atlético Paranaense x São Paulo, Final da Libertadores 2005Getty Images

Finalmente, a final da Copa Libertadores 2005 havia chegado. O Athletico aparecia como novato naquela fase do torneio, e confiante após as duas belas partidas realizadas contra o Chivas Guadalajara, do México. Para enfrentar o Furacão paranaense, o Tricolor paulista aparecia como o grande veterano do torneio, que já havia estado em outras quatro finais, e sido campeão em duas delas, em 1992 e 1993.

Em 2005, foi a quinta final do São Paulo, e o time já não chegava nesse momento há 12 anos, desde 1994, então o sangue nos olhos dos torcedores e jogadores do Tricolor ferviam mais do que nunca pela conquista do título. O campeão daquele ano, inclusive, seria o primeiro brasileiro a vencer o torneio no século.

No primeiro confronto, o Athletico recebeu o São Paulo no Beira-Rio, no Rio Grande do Sul, em 6 de julho de 2005. O primeiro gol saiu logo aos 14 minutos de jogo, com Aloísio Chulapa, que jogou no Tricolor, inclusive, tempos depois da final.

Num lance acidental no início do segundo tempo, veio o empate: uma falta desnecessária cometida na lateral, o cruzamento, a espalmada do goleiro Diego e a rebatida da bola na cabeça de Durval, que acabou marcando contra a própria meta. O jogo, então, acabou dessa forma, em 1 a 1 terminou o primeiro embate da final, marcado por muita raça, pancadas e a famosa "catimba" de jogos da Libertadores.

Atlético Paranaense x São Paulo, Final da Libertadores 2005Getty Images

Para o segundo jogo, muita confiança dos dois lados, mas muito nervosismo também. A pancadaria, novamente, tomou conta do jogo, e o juiz argentino Horácio Elizondo distribuiu cartões amarelos para os dois lados, três para cada. Mas gols só saíram para um dos dois, e foi o São Paulo que tomou conta da partida no Morumbi no quesito "bola na rede".

Depois do São Paulo abrir o placar com Amoroso, o Athletico teve um pênalti para bater, em lance que havia sido marcado irregularmente, pois o puxão do jogador tricolor tinha sido fora da grande área. Fabrício, do Furacão, acabou perdendo a penalidade, acertando a trave e empolgando os milhares de torcedores no Morumbi. Depois disso, o clube paulista fez mais três, com Fabão, Luizão e Diego Tardelli para concluir o placar e se sagrar campeão sobre o novato Athletico.

Palmeiras x Athletico, Copa Libertadores 2022Getty Images

O Furacão ficou sem o título mas conquistou o vice-campeonato da Libertadores numa belíssima participação, com atletas que ficaram gravados na história do clube. O meia Fernandinho, por exemplo, está de volta à equipe para disputar mais uma final com o Athletico, dessa vez em jogo único, que pode se tornar, também, único na vida dos jogadores.

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