Thierry Henry questiona Pep Guardiola por vendas de Cole Palmer, Riyad Mahrez e Julián Álvarez no Manchester City enquanto Erling Haaland vive fase de gols perdidos

Após a derrota por 2 a 1 para o Manchester United no clássico, o Manchester City está nove pontos atrás do líder da Premier League, o Liverpool, mesmo tendo jogado uma partida a mais. A derrota marca o oitavo revés nas últimas 12 partidas em todas as competições, levantando preocupações sobre a forma da equipe e a profundidade do elenco em meio a uma crescente crise de lesões.

Apesar do talento ofensivo de Erling Haaland, a média de gols por jogo do Manchester City caiu para o menor nível desde que Guardiola assumiu o comando. Isso levou o ídolo do Arsenal, Thierry Henry, a questionar a lógica por trás das saídas de jogadores ofensivos como Mahrez, Palmer e Álvarez, sem que houvesse contratações para suprir essas perdas. Henry acredita que o City não possui mais qualidade suficiente no setor de criação para apoiar Haaland, que vem sendo mais criticado pelas chances desperdiçadas como consequência disso.

Falando no programa Monday Night Football da Sky Sports, Henry declarou: "Todos sabemos, e pela primeira vez podemos dizer isso, que é válido questionar as decisões [de Guardiola] ao permitir as saídas de Cole Palmer, Riyad Mahrez e Julian Álvarez. Ilkay Gundogan voltou, mas não é o mesmo Gundogan que marcava 17 gols por temporada. Esses gols estão fazendo falta. Erling Haaland está marcando os mesmos gols, talvez um pouco menos do que na primeira temporada, mas ele continua fazendo o que sempre faz. Já o vi perder chances claras em todas as temporadas, mas onde estão os gols de Mahrez, Álvarez, Kevin De Bruyne ou Gundogan? Onde estão esses gols?"

Ao levantar questões sobre as decisões recentes de Guardiola, Henry também defendeu o histórico geral do treinador. Ele destacou que esta é a primeira queda prolongada na carreira ilustre de Guardiola, ressaltando sua consistência sem precedentes desde que começou a carreira de treinador.

"Não vamos destruir o cara nem esse time por causa do que está acontecendo", disse Henry. "Nunca se pode dizer nunca [que ele poderia sair], mas o Pep não é esse tipo de treinador. Ele é realmente, realmente duro, rígido e intenso quando você vence, porque ele quer manter você lá. E ele é mais amável quando está em um momento difícil. Você pode ver que quando o time não joga bem, ele sai e diz 'Eu amo meu time, eles jogaram muito bem hoje à noite'.

"E às vezes ele vai para o campo e dá bronca no time mesmo depois de uma vitória por 3 a 0. Você pode vê-lo discutindo com alguém que errou um passe. Eu gosto disso. Você muda quando está no topo, tenta mudar para se manter lá. Uma vez que você chega lá, agora você tenta ser o cara legal."

Sem jogos durante a semana, o time de Guardiola tem uma rara oportunidade de se reorganizar e corrigir as falhas do Manchester City. O próximo desafio será no sábado (21), quando a equipe viajará para Villa Park para enfrentar o Aston Villa. A partida será um teste para a capacidade de Guardiola de inspirar uma reviravolta e restaurar a confiança em um time que tem sido o parâmetro de excelência na Premier League nos últimos anos.