Rodrigo de Paul, Thomas Muller e os cinco jogadores que podem jogar na MLS após o Mundial de Clubes

Um dos principais nomes do torneio, De Paul é um meio-campista raro: forte, atlético e ao mesmo tempo extremamente técnico — um verdadeiro “unicórnio” no futebol europeu.

Sua chegada seria uma jogada certeira para qualquer equipe da MLS que conseguisse viabilizá-la. E, se os rumores se confirmarem, há um clube que está próximo de transformar essa possibilidade em realidade.

De Paul foi fortemente ligado ao Inter Miami nesta semana, onde se juntaria ao amigo e companheiro de seleção argentina Lionel Messi. Diversas fontes apontam que o próprio jogador já teria dado o aval para a transferência e estaria aberto à mudança, restando agora apenas um acerto entre os clubes.

Campeão da Copa do Mundo de 2022 e figura constante no meio-campo da seleção argentina, De Paul é um nome conhecido no cenário global e divide com Messi uma amizade consolidada fora de campo.

O valor pedido pelo Atlético gira em torno de US$ 17 milhões (R$ 94 milhões), mas, no momento, o Inter Miami não tem vaga de Jogador Designado (DP) disponível para registrá-lo. Para isso, seria necessário que Sergio Busquets abrisse mão de seu contrato e até se aposentasse.

No Mundial, De Paul foi titular nas três partidas do Atlético até a eliminação na fase de grupos.

Muller, cujo contrato com o Bayern chegou ao fim logo após o Mundial, vem sendo especulado há meses como reforço para a MLS. Antes do torneio, teria recusado uma proposta do FC Cincinnati, que detém seus direitos na liga.

No entanto, durante a competição, ao ser questionado sobre uma possível mudança para os EUA, deixou no ar uma resposta bem-humorada:
"É preciso dizer que o estádio e a torcida estavam incríveis. Eles têm ótimas condições aqui, realmente."

Embora nada esteja certo e ainda haja muita negociação pela frente, tudo indica que o astro alemão pode, de fato, desembarcar na liga norte-americana.

O Los Angeles FC também estaria interessado em Muller, que já admitiu estar “perguntando aqui e ali” sobre a liga, dando sinais de que pode fechar com algum clube nesta janela.

Como está livre no mercado, qualquer equipe pode contratá-lo sem pagar taxa de transferência, mas ele ocuparia uma vaga de Jogador Designado.

No Mundial, Muller foi titular em duas partidas, marcou dois gols e deu uma assistência antes da eliminação do Bayern nas quartas de final para o PSG.

Giovanni Reyna precisa urgentemente de uma mudança, e o tratamento que recebeu no Mundial de Clubes foi a gota d’água. O próximo destino será um divisor de águas na carreira do jogador que, por muito tempo, foi apontado como o “novo grande talento” do futebol dos Estados Unidos.

Embora essa promessa ainda possa se concretizar, o fato é que Reyna mal entrou em campo nos últimos dois anos. Entre lesões, uma passagem frustrada por empréstimo no Nottingham Forest e a perda de espaço em meio às mudanças de comando no Borussia Dortmund, o meia simplesmente parou no tempo. E agora, sua próxima transferência será decisiva.

Reyna atuou apenas uma vez sob o comando de Mauricio Pochettino na seleção norte-americana, e hoje está fora dos planos principais visando a Copa do Mundo de 2026. Ir para a MLS, uma liga que o técnico argentino já demonstrou respeitar, pode ser o caminho mais seguro para reconquistar visibilidade.
É verdade que não seria um movimento chamativo ou ousado, e até representaria um passo atrás em relação ao que se esperava dele. Mas seria um passo necessário para retomar confiança e ganhar minutos. Se der certo, nada impede um retorno ao futebol europeu no futuro.

Qualquer clube com uma vaga de Jogador Designado disponível e ambição para crescer deveria pelo menos fazer uma consulta. E Reyna, junto com seus representantes, não pode errar dessa vez. Um empréstimo ou transferência para a MLS seria algo sensato para ambos os lados.

Aqui está um rosto conhecido dos torcedores da MLS e que provavelmente vai causar alguma estranheza.

Santiago Rodríguez foi contratado pelo Botafogo por impressionantes US$ 15 milhões (R$ 85,4 milhões na cotação da época) em fevereiro, se tornando a quarta contratação mais cara da história do Glorioso até então. Mas a mudança tem sido desastrosa até aqui. No Mundial, ele somou apenas 42 minutos em campo. No total, desde que chegou ao clube brasileiro, jogou meros 430 minutos.

Na seleção do Uruguai, a situação também não é animadora. Santi perdeu espaço na disputa por uma vaga e, se quiser voltar a sonhar com a Copa do Mundo de 2026, o tempo está se esgotando.

Um retorno por empréstimo à MLS, pelo menos até o fim da temporada 2025, faria total sentido. O Botafogo dificilmente vai recuperar o investimento feito há poucos meses, mas dar ritmo ao meia pode ser crucial para valorizá-lo novamente. E caso surja uma proposta de venda em definitivo próxima ao que foi pago, é difícil imaginar que o clube carioca recusaria.

Qualquer time da liga que esteja em busca de um meia criativo de ponta deveria levantar o telefone. Santi já mostrou muito bem o que pode fazer dentro da MLS.

Herói do Al Ahly com um hat trick no eletrizante empate por 4 a 4 com o Porto na fase de grupos do Mundial, Wessam Abou Ali seria uma contratação de peso para qualquer clube da MLS nesta janela. O meia-atacante foi um dos destaques da equipe egípcia no torneio, com três gols marcados e grande presença ofensiva antes da eliminação.

Aos 26 anos, o jogador da seleção da Palestina começou como titular nos três jogos do Al Ahly e, segundo relatos, chamou a atenção do Columbus Crew.

De acordo com o jornalista Tom Bogert, a equipe comandada por Wilfried Nancy, que é campeã da MLS em 2023, vice na Champions Cup 2024 e vencedora da Leagues Cup 2024, mira o atleta para ocupar uma vaga de Jogador Designado.

Seria uma movimentação certeira para um jogador em plena forma física e técnica, e que chegaria a uma das franquias mais ambiciosas da MLS nos últimos anos. No Columbus Crew, se juntaria a nomes como Diego Rossi e Daniel Gazdag, e pode ser justamente a peça que faltava para levar o clube a mais uma conquista da liga.