Precisamos citar o Arsenal. E que azar! Verdade, o Bayern de Tuchel não é aquele Bayern com o qual estávamos há tanto acostumados, mas estamos falando aqui de quartas de final de Champions League. Agora, não trata-se de regularidade - trata-se de ter a capacidade de definição no momento mais importante da temporada - ou, quem sabe, de toda a sua história.
Em um aspecto geral, os Gunners ainda caíram no lado mais forte do chaveamento, enfrentando Manchester City ou Real Madrid caso avancem às semis. E esta é uma dor de cabeça para depois, considerando o tamanho da "montanha a ser escalada", como Arteta constatou, logo após a vitória nos pênaltis sobre o Porto.
O Arsenal passou longe de encantar nas duas pernas, é verdade, mas isso pouco importa a esta altura da competição. Líder da Premier League, não é como se o time precisasse provar algo no que se refere a desempenho.
No que se refere a competir no mais alto nível do futebol mundial, contudo, ainda há uma carência de materiais de prova. Foram 14 anos sem pisar no atual território das quartas de final - o próprio Arteta, como atleta, sofreu cinco eliminações no retrospecto -, e esta é justamente uma questão meio tola a ser levantada na Baviera, apesar do atual momento inconstante do Bayern. Apenas considere o sucesso que o clube vem tendo nos últimos anos, com o mesmo escopo de elenco.
Some a isso o histórico entre os clubes na competição: nos quatro embates entre os dois times em mata-mata, os alemães levaram a melhor em todos. Os londrinos também foram derrotados nos últimos três encontros - agregado de 15 a 3. A boa notícia é que o jogo de ida, no Emirates, terá torcida única, como consequência das sanções da UEFA contra os bávaros por indisciplina da torcida.
Sendo bem direto, a espinha dorsal da equipe de Munique é composta por vencedores; a do Arsenal, por talentosos jovens atletas com pouco - ou nenhum - sucesso no alto nível do esporte até aqui (e Jorginho).