Quais foram as contratações mais caras da história dos clubes brasileiros?

O jogador mais caro a ser contratado pelo Bahia é o zagueiro Juninho, vindo do Palmeiras. O zagueiro estava emprestado pelo time paulista e, com 24 anos, fazia ótima temporada pelo Tricolor.

Assim, a diretoria do Bahia decidiu desembolsar R$ 5,7 milhões para contar com o defensor. Juninho permaneceu como titular por mais duas temporadas, alcançando um nível consistente, antes de ser negociado com o Midtjylland, da Dinamarca (venda que rendeu R$ 5 milhões ao time baiano).

Maicosuel teve uma passagem relâmpago pelo Botafogo no começo de 2009. Mostrando muito talento, foi um dos melhores jogadores do time no primeiro semestre, com belos gols e assistências, mas acabou sendo vendido pelo Desportivo Brasil, dono de seu passe, ao Hoffenheim-ALE.

Um ano depois, o Botafogo investiu R$ 8,7 milhões (quatro milhões de euros, na época) para repatriar o jogador. Em sua segunda passagem, sofreu com uma lesão gravíssima, mas conseguiu render bem dentro de campo e foi eventualmente negociado por R$ 17 milhões com a Udinese. Uma história de sucesso e que consagrou o "Mago" em General Severiano.

Vindo de grandes vendas para o exterior, o Athletico-PR seguiu com sua estratégia de sucesso nos últimos anos: apostar em jovens jogadores com potencial de revenda. Assim, o time decidiu investir no atacante Matheus Babi, de destaque no Botafogo e cujo passe pertencia ao Serra Macaense.

O Furacão pagou R$ 12 milhões para contar com o centroavante, na época, com 23 anos. Babi até começou bem no time paranaense, marcando três gols em 11 jogos no Brasileirão, mas acabou sofrendo uma lesão que o tirou do resto de sua temporada de estreia.

Thiago Neves já era ídolo do Fluminense, após grande passagem em 2007 e 2008, quando foi protagonista no time que foi vice-campeão da Libertadores. Sem conseguir o mesmo brilho no Al-Hilal, vinha de um empréstimo bem-sucedido ao arquirrival Flamengo, onde foi um dos melhores do Brasileirão.

Disputado por Fla e Flu, deixou a torcida Tricolor em polvorosa ao escolher jogar nas Laranjeiras. O Fluminense, então, pagou R$ 16,2 milhões aos árabes para garantir a compra do meio-campista... que só permaneceu um ano até ser revendido ao Al-Hilal.

Vivendo péssima fase no Brasileirão e praticamente eliminado de todas as outras competições, o Grêmio queria remodelar o seu elenco no meio da temporada. Assim, decidiu investir R$ 21 milhões para contratar o jovem colombiano Jaminton Campaz, de muito destaque no Tolima e apenas 21 anos.

Tendo atuado pouco no primeiro momento, até ganhou certo protagonismo na luta do Tricolor contra o rebaixamento e marcou dois gols na reta final, mas não conseguiu impedir a queda para a Série B. Agora, segue nos planos do time gaúcho e deve ter mais tranquilidade para mostrar seu talento.

Na época, foi a maior contratação da história do futebol brasileiro. Edmundo, com 28 anos, estava na Fiorentina, após anos gloriosos no Vasco da Gama. Foi aí que Eurico Miranda, em parceria com o Bank of America, decidiu pagar 15 milhões de dólares (em valores aproximados da época, R$ 24 milhões) ao time italiano para repatriar o Animal.

Edmundo, em sua passagem, até correspondeu dentro de campo, com grandes atuações, mas fez barulho mesmo fora dos gramados, especialmente por sua rixa com Romário, outra das estrelas do Cruz-Maltino. Assim, foi afastado em 2000, emprestado ao Santos e ao Napoli até conseguir desvincular seu passe com o clube carioca na justiça do trabalho para acertar com o Cruzeiro.

Querendo dar uma resposta à torcida após perder Arrascaeta para o Flamengo, o Cruzeiro de Itair Machado resolveu repatriar Rodriguinho. O meia, na época com 30 anos, estava no Pyramids FC após anos brilhantes pelo Corinthians.

Já podemos dizer hoje que a contratação deu errado. Os R$ 26,3 milhões investidos pelo Cruzeiro (cujo valor ainda é incerto, digamos...) não renderam o esperado: Rodriguinho jogou apenas 22 jogos pelo clube em 2019, perdendo boa parte da temporada por lesão, e não conseguiu impedir o rebaixamento e o inferno astral da Raposa.

Vindo de grande temporada no Athletico-PR, onde foi decisivo para o título da Copa Sul-Americana sob o comando de Tiago Nunes, Pablo estava valorizado no mercado e vários times buscavam sua contratação, principalmente Flamengo e São Paulo. O Tricolor ganhou a disputa.

Assim, o atacante se transformou na maior contratação da história do time paulista, que investiu R$ 26,6 milhões para contar com o atleta, na época com 26 anos. Três anos depois, Pablo até teve momentos razoáveis, mas podemos dizer que não valeu o investimento do São Paulo. O atleta não está nos planos de Rogério Ceni e deve deixar o Morumbi para 2022 sem provocar tristeza na torcida do clube.

Parecia um acerto. Vindo de grande temporada no Atlético Nacional, tendo inclusive sido determinante para a eliminação do São Paulo na Libertadores, Miguel Borja havia sido eleito o Rei da América. E após investimento gordo (de R$ 33 milhões) da Crefisa, seria anunciado como grande reforço do Palmeiras para 2017.

Pois o colombiano não conseguiu engrenar. Até foi muito bem na Libertadores em todas as temporadas em que jogou no torneio, mas perdeu a concorrência para Deyverson, viveu momentos de instabilidade e começou a ser emprestado. Para 2022, deve finalmente encerrar seu contrato com o Verdão e voltar a Colômbia para atuar no Junior Barranquilla, onde conseguiu voltar a render em 2019 e 2020.

Finalmente, um jogador que parece ter compensado o investimento. Matías Zaracho, tido na Argentina como uma das grandes promessas do país, desembarcou em Belo Horizonte vindo do Racing, em 2020, por R$ 33,5 milhões. Um investimento grande bancado em grande parte pelo famoso grupo de mecenas do Galo.

Um ano depois, o meio-campista talvez tenha sido o segundo melhor jogador do Galo na melhor temporada de sua história, atrás apenas de Hulk. Decisivo com gols importantes e muito participativo, já está marcado na história do Clube Atlético Mineiro.

Nico López vivia grande momento. De volta à América do Sul após passagem conturbada pela Udinese, o atacante estava com 23 anos e parecia finalmente pronto para explodir, marcando gols atrás de gols no Nacional. Foi isso que o Internacional decidir gastar 11 milhões de dólares, na época, R$ 36 milhões, para investir em sua contratação.

Sofrendo com muitas lesões, não conseguiu render no primeiro ano e evitar o rebaixamento do Colorado, mas chegou a viver bons momentos no Beira-Rio, especialmente em 2017 e 2018. Ficou marcado, porém, pela instabilidade: era capaz de jogadas geniais em um jogo e ir muito mal no confronto seguinte. Em 2020, foi negociado com o Tigres por oito milhões de euros.

Conhecida como uma das piores contratações da história do futebol brasileiro, a ida de Leandro Damião ao Santos ainda causa memória ruins ao torcedor do Peixe. Damião vinha de um ano em baixa após um 2012 incrível, perdeu espaço na seleção brasileira e acabou negociado com o time paulista para tentar se recuperar na carreira.

Mas o atacante ficou apenas um ano na Vila, marcou 11 gols e logo foi embora. Não foi o suficiente para corresponder à expectativa da diretoria, que investiu R$ 41,5 milhões com a ajuda de um fundo de investimentos.

Grande craque do futebol mundial durante mais de uma década, Carlos Tévez passou uma temporada e meia no Corinthians. Mas só isso já foi o suficiente para garantir a idolatria da torcida e uma galeria de belas jogadas em 2005 e 2006.

Comprado com a ajuda da polêmica MSI e de Kia Joorabchian, Tévez foi o protagonista do título brasileiro do Timão naquela temporada, com 31 gols em 52 jogos em 2005. Saiu de graça para o West Ham, mas ficou marcado para sempre no imaginário da Fiel.

Não, não é Gabigol ou Arrascaeta. A maior contratação da história do futebol brasileiro (e do Flamengo) é Pedro.

Com 23 anos, o atacante chegou em janeiro de 2020 por empréstimo da Fiorentina para ser o reserva imediato de Gabigol, tendo se destacado no Fluminense e sido até eleito a revelação do Brasileirão em 2018.

Após um grande ano, tendo marcado 23 gols em 54 jogos pelo Rubro-Negro e sido decisivo para o título brasileiro, mesmo saindo do banco de reservas em muitas ocasiões, o Flamengo decidiu pagar R$ 87 milhões para a Fiorentina para garantir a compra em definitivo dos direitos do atacante. Se 2021 não foi tão brilhante, com o "Queixada" sofrendo com lesões e não conseguindo roubar a vaga de Gabigol, o centroavante ainda é considerado um dos melhores jogadores do futebol brasileiro - e está no radar de Tite.