Pedro Neto, Thiago Silva e os melhores jogadores do Mundial de Clubes 2025

Para o futebol brasileiro, não é surpresa ver o colombiano Jhon Arias desfilar pelos estádios do país, especialmente após sua rápida ascensão, que culminou no título da Copa Libertadores de 2023 pelo Fluminense, além de comandar o talentoso time colombiano rumo à Copa do Mundo de 2026.

O que surpreendeu foi o que Arias mostrou ao mundo no Mundial de Clubes: está pronto para alçar novos voos — azar do futebol brasileiro — nos principais palcos da Europa. Ao lado do zagueiro Thiago Silva (que também aparece neste ranking), o colombiano de 27 anos comandou o ataque do Fluminense com maestria. Era ele quem clareava as jogadas, criava oportunidades e trazia velocidade ao ataque do Tricolor das Laranjeiras.

Arias se despediu da competição na semifinal, em uma campanha histórica para os brasileiros, com um gol e uma assistência, sendo decisivo em todas as partidas do time.

Caicedo tem sido espetacular durante toda a campanha do Chelsea, apresentando atuações de alto nível a cada jogo. Suspenso nas quartas de final por acúmulo de cartões amarelos, ele voltou nas semifinais para comandar a equipe diante do Fluminense.

O meio-campista equatoriano é peça-chave no sistema de Enzo Maresca. Comandando o meio-campo com naturalidade, Caicedo dita o ritmo e o tempo das partidas, demonstrando uma leitura de jogo superior a qualquer outro em campo.

Apesar de ter disputado apenas quatro partidas neste torneio, ele provou ser indispensável em todas elas. Na vitória por 4 a 1 sobre o Benfica, nas oitavas de final, deu uma assistência crucial na prorrogação, garantindo a vaga nas quartas. Agora, está prestes a liderar o Chelsea rumo à história.

O brasileiro fez um torneio memorável com a camisa do time saudita. Mesmo em um elenco repleto de estrelas e ex-nomes de peso do futebol europeu, como João Cancelo e Kalidou Koulibaly, foi o jovem de 22 anos quem mais se destacou.

Ele marcou quatro gols, incluindo dois na histórica vitória sobre o Manchester City, e balançou as redes também na derrota por 2 a 1 para o Fluminense, nas quartas de final.

Revelado pelo Santos, o atacante brilhou intensamente durante a competição e será lembrado como o jogador que derrubou a equipe de Pep Guardiola no Mundial de Clubes.

Muitas vezes longe dos holofotes, ofuscado pelo ataque estrelado do PSG e pela dupla portuguesa Vitinha e João Neves no meio-campo, Fabián Ruiz teve, discretamente, uma das melhores atuações da competição em sua posição.

O meio-campista espanhol marcou três gols, deu uma assistência e foi decisivo para levar o time parisiense à final — incluindo uma atuação de gala com dois gols na semifinal contra o Real Madrid.

Aos 29 anos, Ruiz cresceu sob o comando de Luis Enrique e elevou seu nível desde que chegou ao PSG no verão de 2022. Às vésperas da final, ele surge como a peça surpresa no terço final do campo e pode ser o diferencial para que o clube conquiste seu primeiro título do Mundial de Clubes.

O jovem atacante espanhol surgiu como uma grata surpresa ao assumir a titularidade do ataque do Real Madrid durante a ausência de Kylian Mbappé, que ficou fora por doença e, depois, por problemas de aptidão física.

Aproveitando a oportunidade, Garcia marcou quatro gols e deu uma assistência. Caminhando para a final, divide a artilharia do torneio com Leonardo, Ángel Di María e Serhou Guirassy.

Até as quartas de final, participou diretamente de gols em todas as partidas dos merengues — desempenho que só foi interrompido na semifinal contra o PSG. Na ocasião, atuou ao lado de Mbappé, mas o Real foi derrotado por 4 a 0.

Mesmo com a eliminação, o torneio serviu como vitrine para Garcia, revelado pela base madridista, que mostrou ter potencial para conquistar uma vaga definitiva no elenco principal sob o comando de Xabi Alonso na próxima temporada.

Um torneio para ficar na memória do lendário defensor brasileiro. Aos 40 anos, Thiago Silva comandou a campanha do Fluminense com atuações que lembraram seus tempos de auge, como se ainda tivesse 25.

Capitão da equipe, liderou o Tricolor até uma histórica semifinal, com destaque para os jogos sem sofrer gols contra Inter de Milão e Borussia Dortmund, além da vitória sobre o Al Hilal nas quartas de final, após eliminarem o Manchester City.

Com passagens marcantes por Chelsea, Milan e Paris Saint-Germain, Thiago foi impecável na zaga durante todo o torneio. Atuou com a serenidade e a liderança que sempre o caracterizaram, sendo exemplo para qualquer jovem defensor que aspire chegar ao topo.

Nos cinco primeiros jogos do Fluminense na competição, acumulou 55 intervenções defensivas — a 15ª maior marca do torneio — e venceu 79% das disputas aéreas. Nesse período, o time sofreu apenas três gols.

Se este foi o último ato de “O Monstro” em um palco internacional, foi um adeus digno de sua grandiosidade.

O ala português do Chelsea tem sido simplesmente sensacional ao longo da competição. Com três gols, lidera a equipe em artilharia e, antes da final de domingo contra o PSG, figura entre os destaques do torneio: é o 10º em chances criadas (10) e o 13º em conduções progressivas (43).

Aos 25 anos, tem sido elétrico pela ponta, atormentando defensores em cada partida. Neto marcou o gol da vitória sobre o LAFC na estreia, balançou as redes na derrota por 3 a 1 para o Flamengo e foi decisivo nas oitavas de final contra o Benfica, marcando o gol da classificação na prorrogação.

Seu momento mais marcante, no entanto, veio nas quartas de final, diante do Palmeiras. Em campo, fez uma atuação valente; fora dele, emocionou ao prestar homenagem ao amigo Diogo Jota e ao irmão dele, Andrea Silva, ambos falecidos recentemente. Neto e Jota foram companheiros no Wolverhampton e integraram a seleção portuguesa juntos.

Agora, o português lidera o ataque dos Blues na busca por um título que tem significado ainda mais profundo.

— Tem sido realmente difícil nos últimos dias, e eu só quero dizer que esta final é para ele e para o irmão — disse Neto após a semifinal. — Quero dedicar essa decisão à família deles e mostrar meu apoio neste momento tão duro.

Que torneio faz o defensor marroquino. Em seis partidas, o lateral-direito participou diretamente de gols em quatro delas — um desempenho extraordinário pelo Paris Saint-Germain.

Aos 26 anos, Achraf Hakimi consolidou-se como o melhor do mundo em sua posição, sendo peça-chave tanto no ataque quanto na defesa da equipe parisiense ao longo da competição. Na semifinal contra o Real Madrid, ele teve uma atuação impecável: completou 90% dos passes, criou duas chances de gol — uma delas resultando em assistência para o segundo de Ruiz — e foi decisivo na marcação, neutralizando um dos principais atacantes do mundo, Vinícius Júnior.

Nas quartas de final, repetiu a dose contra o Bayern de Munique e o campeão mundial Kingsley Coman. Mesmo após mais de 90 minutos em campo, mostrou fôlego e técnica ao construir a jogada da assistência no tempo de compensação — um lance que evidenciou seu domínio físico e refinado trabalho de pés.

Hakimi tem sido, sem dúvida, um dos grandes nomes deste torneio. Que jogador.