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Mohammed bin Salman Joan Laporta BarcelonaGetty/GOAL

O que se sabe sobre a chance de o príncipe da Arábia Saudita comprar o Barcelona por 10 bilhões de euros

  • Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita cogita compra do Barcelona por €10 bilhões

    Relatórios na Espanha chamaram a atenção do mundo do futebol após o comentarista Francois Gallardo, do programa El Chiringuito, afirmar que o Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, estaria avaliando uma proposta gigantesca para comprar o Barcelona. O valor citado é de 10 bilhões de euros (R$ 63,4 bilhões).

    Segundo o relato, a oferta faria parte da estratégia saudita de ampliar sua presença no esporte global por meio do Fundo de Investimento Público (PIF). O montante incluiria a quitação da dívida estimada do Barça, hoje em torno de 2,5 bilhões de euros (R$ 15,9 bilhões), além de capital suficiente para dar controle total do clube ao investidor — ao menos em teoria.

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  • Por que a ideia enfrenta resistência imediata

    Apesar do impacto do número, a informação gerou desconfiança quase instantânea. Isso porque o Barcelona não pode ser vendido integralmente. O clube segue o modelo de propriedade associativa: pertence aos seus sócios, que elegem o presidente e tomam decisões estratégicas.

    Na prática, nenhum investidor — seja estrangeiro ou espanhol — pode comprar o controle total da instituição. Até poderia haver, no futuro, algum tipo de investimento em áreas comerciais separadas, mas uma aquisição completa esbarra diretamente na estrutura legal do clube.

    Por isso, na Espanha, muitos veem essa possível oferta mais como algo simbólico ou exploratório do que como uma negociação real em andamento. Ainda assim, o valor sem precedentes reacendeu debates sobre o futuro financeiro do Barcelona.

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    Rumores surgem em meio à crise financeira do clube

    O suposto interesse saudita aparece em um momento delicado para o Barcelona. O clube ainda sente os efeitos da gestão de Josep Maria Bartomeu, encerrada em 2020, marcada por dívidas elevadas e uma folha salarial inflada. A pandemia agravou o cenário, com queda brusca de receitas.

    Esses problemas levaram o Barça a enfrentar dificuldades constantes para registrar jogadores dentro das regras do teto salarial de LaLiga. Para seguir competitivo — inclusive na Champions League —, o clube precisou renegociar contratos, adiar contratações e recorrer às chamadas “alavancas econômicas”.

    Mesmo com Joan Laporta afirmando que a situação está mais controlada, a dívida segue alta. Um dos principais compromissos é o financiamento do projeto Espai Barça, que inclui a reforma do Camp Nou e áreas ao redor.

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  • Modelo de sócios torna a venda praticamente impossível

    A estrutura do Barcelona é um dos principais obstáculos a qualquer tentativa de compra. Assim como o Real Madrid, o clube é controlado por seus sócios, que têm poder de veto sobre decisões fundamentais — incluindo qualquer mudança no modelo de propriedade.

    Para muitos torcedores, vender o clube significaria abrir mão de sua identidade histórica. Por isso, a possibilidade é vista como algo praticamente inimaginável do ponto de vista cultural.

    Existe, no entanto, um caminho intermediário: separar áreas comerciais do futebol em uma empresa distinta. Nesse modelo, investidores poderiam aportar recursos em negócios como mídia, entretenimento ou produção de conteúdo, sem interferir no departamento esportivo. Ainda assim, isso não daria controle sobre o time.

  • President Trump Meets With The Crown Prince And Prime Minister Of Saudi Arabia At The White HouseGetty Images News

    Arábia Saudita segue ampliando sua influência no futebol

    Publicamente, o Barcelona deve manter sua posição tradicional: o clube não está à venda. Qualquer conversa futura tende a girar em torno de parcerias comerciais ou patrocínios que respeitem as regras de LaLiga e o estatuto do clube.

    Já do lado saudita, o avanço no futebol continua firme. Os investimentos na Liga Saudita contratações de estrelas e parcerias internacionais fazem parte da Visão 2030, plano que usa o esporte como ferramenta de projeção global.

    Com ou sem o Barcelona, a estratégia segue em curso — mas, ao menos por enquanto, a compra do clube catalão parece muito mais um debate teórico do que uma possibilidade real.

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