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Mohamed Salah Arne Slot Liverpool GFXGOAL

Mohamed Salah x Arne Slot e as maiores brigas entre técnicos e jogadores do futebol europeu

Salah renovou seu contrato por mais dois anos em abril, mas o atacante, visivelmente magoado, agora é fortemente ligado a uma possível transferência para o Campeonato Saudita em janeiro. Slot, por sua vez, teria sugerido que o camisa 11 só voltará a ser integrado ao time titular se pedir desculpas. O Liverpool já vivia uma crise após um início desastroso na defesa do título, com Salah entre os jogadores que deixaram o nível de desempenho cair de forma acentuada. Agora, o barulho em Anfield é ensurdecedor, e ainda não se sabe se haverá uma solução harmoniosa capaz de salvar a temporada dos Reds.

Ainda assim, confrontos no vestiário como esse estão longe de ser novidade. Abaixo, a GOAL relembra algumas das brigas mais infames entre técnicos e jogadores no futebol moderno.

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  • David Beckham Sir Alex Ferguson splitGetty/GOAL composite

    Sir Alex Ferguson x David Beckham

    Talvez a rivalidade mais famosa entre treinador e jogador de todos os tempos. Com o Manchester United perdendo por 2 a 0 para o Arsenal no intervalo de um jogo da FA Cup em 2003, Sir Alex Ferguson distribuiu duras palavras no vestiário.

    Em determinado momento, ele mirou David Beckham, acreditando que o meia vinha tirando o pé diante da iminente transferência para o Real. Ao se aproximar do jogador, Ferguson chutou uma chuteira que acabou atingindo o rosto de Beckham, causando um corte que exigiu vários pontos.

    No dia seguinte, as fotos do ferimento estamparam os jornais. Em sua autobiografia, Ferguson revelou que o episódio o convenceu de que estava perdendo o controle do vestiário e pediu à diretoria que vendesse o meia o quanto antes. Assim aconteceu: Beckham se transferiu para o Bernabéu naquele mesmo ano.

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  • Mourinho Pogba splitGetty/GOAL composite

    José Mourinho x Paul Pogba

    Nos primeiros meses após o retorno milionário de Paul Pogba a Old Trafford, a relação com José Mourinho parecia perfeita. Porém, na temporada 2017/18, as fissuras começaram a aparecer.

    No início da campanha seguinte, Mourinho retirou a vice-capitania do francês, após meses de relatos de que o relacionamento estava irremediavelmente desgastado. A tensão ficou evidente em um vídeo captado em setembro de 2018, mostrando um embate entre os dois no treino.

    Mourinho foi demitido pouco depois, mas a história não terminou ali. Em abril de 2021, já no Tottenham, o português voltou a ser alvo de Pogba, que disse à Sky Sports: “Eu tinha uma ótima relação com o Mourinho. Todo mundo via isso e, no dia seguinte, você não sabe o que aconteceu. É estranho. Nem eu consigo explicar”.

    Mourinho rebateu com frieza: “Não me importo nem um pouco com o que ele diz. Não tenho o menor interesse”.

  • Pep Guardiola Zlatan Ibrahimovic Barcelona 2009 GFXGetty

    Pep Guardiola x Zlatan Ibrahimovic

    O maior choque de personalidades da história do futebol? É bem possível.

    Em teoria, Ibrahimović deveria ter deixado o Barcelona de Guardiola ainda mais forte ao chegar da Inter em 2009. E o início foi promissor: o próprio Guardiola já reconheceu que o sueco foi “excelente” na primeira metade da temporada. O problema é que a relação desmoronou completamente na segunda parte.

    Zlatan nunca se sentiu à vontade no que via como um ambiente “escolar”, em que todos obedeciam ao homem que ele ironicamente chamava de “O Filósofo”. O sueco passou a ter acessos de fúria depois de perder espaço para Lionel Messi, escalado por Guardiola como um falso 9. Chegou a acusar o técnico catalão de “não ter bolas” e de “se borrar” diante de José Mourinho quando o Barça enfrentou a Inter na semifinal da Champions League.

    Guardiola evitou alimentar a polêmica, mas Ibrahimović jamais deixou de responsabilizá-lo por sua curta passagem de apenas uma temporada no Camp Nou, antes de retornar a Milão — desta vez para defender o Milan.
    “O problema não era comigo, era com ele, e ele nunca aceitou isso”, afirmou Zlatan. “Não sei qual era o problema dele comigo.”

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  • Mancini Balotteli splitGetty Images

    Roberto Mancini x Mario Balotelli

    “Posso entender [se alguns jogadores ficam frustrados]. Eu disse ao Mario Balotelli que, se ele tivesse jogado comigo há 10 anos, eu teria dado talvez um soco na cabeça dele todo dia. Mas existem formas diferentes de ajudar jogadores como o Mario.”

    Foi assim que Roberto Mancini resumiu sua convivência com Balotelli no Manchester City. Apesar de manter a confiança no atacante em meio a inúmeros episódios de indisciplina — o que irritava parte do elenco —, a relação foi claramente de amor e ódio.

    Em um amistoso de pré-temporada contra o LA Galaxy, em 2011, Mancini substituiu Balotelli após o jogador tentar, sem sucesso, um calcanhar extravagante em vez de empurrar a bola para o gol vazio. Em janeiro de 2013, os dois chegaram a trocar empurrões no treino depois de uma entrada dura de Balotelli em Gaël Clichy.

    Mais tarde, em 2023, já como técnico da seleção italiana, Mancini ignorou a boa fase de Balotelli e convocou o então estreante Mateo Retegui. Balotelli respondeu com uma provocação nas redes sociais. Não há qualquer sinal de reconciliação entre eles.

  • Mick McCarthy Roy Keane Ireland splitGetty/GOAL composite

    Mick McCarthy x Roy Keane

    Uma rivalidade tão amarga e polarizada que ganhou até página própria na Wikipédia. O “incidente de Saipan” teve origem na reação explosiva de Roy Keane às condições que considerou inadequadas da preparação da Irlanda para a Copa do Mundo de 2002.

    O volante expôs suas inúmeras queixas ao The Irish Times, o que irritou o técnico Mick McCarthy. Quando a entrevista foi publicada, McCarthy confrontou Keane, e a resposta entrou para a história.

    “Mick, você é um mentiroso… Você é um p*ta babaca. Eu não te avaliava como jogador, não te avalio como técnico e não te avalio como pessoa. Você é um p*tababaca e pode enfiar essa Copa do Mundo no c*. A única razão de eu ter qualquer relação com você é que, de alguma forma, você é o técnico do meu país! Pode enfiar isso no s*co.”

    Não surpreende que Keane tenha deixado a concentração pouco depois, provocando um caos na Irlanda. Nem mesmo a intervenção do então primeiro-ministro Bertie Ahern resolveu a situação. As chances de retorno acabaram quando Keane concedeu entrevista ao Mail on Sunday afirmando que seus companheiros tinham padrões inferiores aos dele.

    Anos depois, os dois aparentaram fazer as pazes quando suas equipes se enfrentaram na Segunda Divisão Inglesa. Ainda assim, o episódio permanece como a saga mais explosiva da história do futebol irlandês.

  • Alex Ferguson Roy Keane splitGetty Images

    Sir Alex Ferguson x Roy Keane

    Keane e Ferguson são duas das figuras mais lendárias da história do United, mas um problema aparentemente trivial — uma casa de férias — começou a desgastar a relação entre eles em 2005. O irlandês teria ficado insatisfeito com as condições da residência destinada a ele, à esposa e aos cinco filhos durante a pré-temporada do clube em Portugal. Ferguson, porém, não concordou e entendeu que Keane estava sendo desnecessariamente difícil.

    A crise só aumentou quando Keane detonou seus companheiros em uma entrevista não exibida pela MUTV após uma derrota muito ruim fora de casa para o Middlesbrough. Quando o vídeo foi mostrado ao elenco, com o capitão presente, vários jogadores se incomodaram com as críticas duras, mas Keane não recuou.

    “O que notei naquele dia, enquanto discutíamos, foi que os olhos dele começaram a se estreitar, quase virando dois pontinhos pretos. Foi assustador de ver, e eu sou de Glasgow”, relembrou Ferguson em sua autobiografia.

    Pouco depois, Keane deixou o clube, e os dois seguiram trocando farpas na mídia ao longo dos anos seguintes.

  • Mourinho Quaresma splitGetty Images

    José Mourinho x Ricardo Quaresma

    Quando a Inter de Milão contratou Ricardo Quaresma em 2008, Mourinho deixou claro desde cedo que pretendia transformar o ponta talentoso e indisciplinado em um jogador mais obediente taticamente. O experimento, porém, fracassou. Poucos meses após sua chegada, o treinador afirmou: “Ele vai ter que aprender, caso contrário não jogará. Tenho certeza de que vai mudar e se tornar mais disciplinado. Ele gosta de chutar com a parte externa do pé, mas se você me perguntar sobre ele daqui a alguns meses, estaremos falando de um Quaresma diferente”.

    Depois de um início desastroso em Milão, Quaresma foi emprestado ao Chelsea. A passagem também não deu certo e, na temporada seguinte, ele voltou a ter pouquíssimo espaço enquanto Mourinho conduzia a Inter ao histórico título da tríplice coroa.

    Em entrevista recente ao jornal português Público, ficou claro que o ex-jogador não guarda boas lembranças do período no San Siro. “Minha felicidade e minha confiança foram tiradas de mim. Chegou um momento em que eu nem era mais convocado. Eu me sentia à margem do elenco e acordava chorando quando tinha que ir treinar”, disse.

    “Ainda não entendi algumas coisas que aconteceram com ele [Mourinho]. Quando cheguei a Milão, ficou claro que só fui contratado porque ele me queria. De repente, parei de jogar. É verdade que eu não estava no meu auge físico e, revendo os jogos, nem me reconhecia, mas se um treinador pede sua contratação e depois não te ajuda no momento difícil...”.

  • Domenech Anelka split Getty Images

    Raymond Domenech x Nicolas Anelka

    A França não é estranha a colapsos em grandes torneios, mas o conflito generalizado entre elenco e técnico Raymond Domenech na Copa do Mundo de 2010 foi impressionante até para os próprios padrões. O estopim foi Nicolas Anelka, acusado de ter mandado o treinador “se f*der, filho da p*ta” no intervalo da derrota para o México.

    Anelka sempre negou veementemente ter dito essas palavras, versão que o próprio Domenech confirmou depois, mas ainda assim houve um rompimento grave. O atacante foi mandado para casa após a partida, o que levou os jogadores a se recusarem a treinar até que uma conversa de esclarecimento fosse realizada.

    O estrago, porém, já estava feito. A França perdeu o último jogo e caiu ainda na fase de grupos. Posteriormente, Anelka recebeu uma suspensão de 18 jogos da seleção e nunca mais voltou a defendê-la.

  • Pep Guardiola Samuel Eto'o Barcelona 2009 GFXGetty

    Pep Guardiola x Samuel Eto'o

    A decisão de Pep Guardiola de praticamente forçar a saída de Samuel Eto’o do Barcelona para contratar Zlatan Ibrahimovic com um custo adicional enorme figura entre as piores trocas da história do futebol.

    Guardiola tentou negociar o camaronês logo após assumir o comando do Barça, em 2008, mas Eto’o permaneceu e ajudou o clube a conquistar a tríplice coroa, marcando inclusive o gol que abriu o placar na final da Champions League contra o Manchester United, em Roma. Mesmo assim, Pep seguia decidido a dispensá-lo, sem explicar claramente o motivo. “Não há uma razão específica. É uma questão de sensação”, declarou.

    Eto’o não ficou nada satisfeito e foi bem mais direto ao falar do episódio, apontando a suposta arrogância de Guardiola. “Primeiro, lembrei a ele que nunca tinha sido um grande jogador”, afirmou depois. “Foi um bom jogador, é verdade. Mas, como técnico, ainda não tinha provado nada.”

    A relação degringolou de vez, apesar do sucesso em campo.

    “Xavi me disse que o clube queria que eu ficasse, mas que eu teria que falar com o Pep”, contou Eto’o. “Eu respondi: ‘Nunca. Se alguém não me respeita, eu não respeito’. Ele apertou minha mão quando eu estava na Inter e joguei contra o Barça, mas foi só para as câmeras. Antes do jogo, nos bastidores, ele nem me cumprimentou.”

    Talvez Guardiola tenha percebido tarde demais o erro. Enquanto brigou com Ibrahimovic em menos de seis meses, Eto’o conquistou uma segunda tríplice coroa consecutiva ao se encaixar imediatamente na Inter.

  • Mourinho Ndombele splitGetty/GOAL composite

    José Mourinho x Tanguy Ndombele

    Em abril de 2020, Mourinho virou manchete ao convocar alguns jogadores do Tottenham para uma sessão improvisada de treinos físicos em um parque público, no auge do lockdown imposto pela pandemia.

    “De 1 a 10, o quanto fiquei surpreso? Sinceramente, 10”, relembrou Ndombele ao The Guardian um ano depois. “Perguntei por que precisava correr, e ele disse que eu tinha que fazer. Foi isso. Depois, ele me parabenizou e disse que eu tinha corrido bem.”

    Apesar desse episódio, a relação entre eles foi extremamente turbulenta. Um mês antes, Mourinho havia exposto publicamente o meia após um empate decepcionante com o Burnley.

    “No primeiro tempo, não tivemos meio-campo”, disse. “Tenho que dizer que ele [Ndombele] já teve tempo suficiente para chegar a outro nível. Sei que a Premier League é difícil e que alguns jogadores demoram a se adaptar, mas alguém com o potencial dele precisa entregar mais, especialmente quando você vê como Lucas [Moura], Lo Celso e outros estão jogando. Eu esperava mais dele no primeiro tempo.”

    Ndombele quase não atuou quando a Premier League retornou, e embora Mourinho tenha suavizado o discurso depois, acabou demitido antes que o francês pudesse realmente se reintegrar ao time.

  • Tevez Mancini splitGetty Images

    Roberto Mancini x Carlos Tevez

    Se Mancini costumava ser tolerante com as extravagâncias de Balotelli, mostrou bem menos paciência com Carlos Tevez. O conflito começou em setembro de 2011, quando o argentino se recusou a entrar em campo em um jogo da Champions League fora de casa contra o Bayern de Munique.

    Após o episódio, Tevez voltou para a Argentina e chegou até a cogitar aposentadoria. Acabou retornando em fevereiro do ano seguinte e foi peça importante na conquista do primeiro título da Premier League do City. Em 2022, ele contou sua versão ao site oficial do clube.

    “Eu disse que, se o Mancini quisesse, eu estava pronto para entrar, mas não ia continuar aquecendo, porque já tinha passado uns 35 minutos nisso. A partir daí, foi uma troca de palavras. Um pouco em inglês, outro em espanhol, outro em italiano... e acho que muita coisa foi mal interpretada.

    “No calor do momento, ele só entendeu o que quis entender. Eu só queria saber se ele ia me usar ou não. Não era sobre quem estava certo ou errado, mas sobre tentar fazer com que ele se colocasse no meu lugar.”

  • Ronaldo Ten HagGetty

    Erik ten Hag x Cristiano Ronaldo

    Cristiano Ronaldo havia retomado o protagonismo no United após seu retorno em 2021, marcando 24 gols em todas as competições na primeira temporada. Ainda assim, o time viveu um ano desastroso, terminando apenas em sexto lugar, apesar dos esforços de Ole Gunnar Solskjaer e Ralf Rangnick.

    Erik ten Hag chegou do Ajax para liderar uma reformulação em 2022, e rapidamente ficou claro que o Robozão não seria peça central em seus planos. O português foi titular em apenas quatro dos primeiros 14 jogos de liga naquela temporada, situação que considerou inaceitável. Ele chamou atenção ao deixar o campo antes do apito final na vitória por 2 a 0 sobre o Tottenham, mas o pior ainda estava por vir.

    Em novembro, Cristiano fez duras acusações contra Ten Hag e o clube em uma entrevista explosiva com Piers Morgan, dizendo-se “traído”. “Não tenho respeito por ele porque ele não demonstra respeito por mim”, afirmou. “Se você não me respeita, eu nunca vou te respeitar.”

    Dias depois, o então atacante de 37 anos deixou Old Trafford após a rescisão amigável do contrato. Ten Hag apresentou sua versão à imprensa britânica: “Quando um jogador claramente não quer estar neste clube, ele precisa sair. A entrevista foi a primeira vez que ele disse que queria ir embora. Como clube, não podemos aceitar isso. Haveria consequências”.

    O holandês ainda alfinetou CR7: “Quando está em boa forma, ele é um grande jogador e poderia nos ajudar a alcançar nossos objetivos. Isso é claro. Mas ele não estava”.

    Sem o segundo maior vencedor da Bola de Ouro, o United terminou em terceiro lugar e encerrou um jejum de cinco anos sem títulos ao conquistar a Liga Europa. O gajo pode ter vencido a batalha, mas Ten Hag venceu a guerra.

  • Erik ten Hag Jadon SanchoGetty

    Erik ten Hag x Jadon Sancho

    O Manchester United estava desesperado para contratar Jadon Sancho e, finalmente, fechou com o prodígio inglês junto ao Borussia Dortmund em julho de 2021, por 74 milhões de libras. No entanto, o ponta teve enorme dificuldade para justificar o alto investimento. As coisas não engrenaram de forma consistente sob o comando de Ole Gunnar Solskjaer, e o interino Ralf Rangnick também não conseguiu extrair o melhor do jogador. Ainda assim, a passagem de Sancho pelo United atingiu seu ponto mais baixo com Erik ten Hag.

    Depois de perder uma parte considerável da temporada 2022/23 por conta de “problemas mentais e físicos”, a expectativa era de que Sancho se reaproximasse de seu melhor nível no ano seguinte. Porém, a situação explodiu de vez quando ele foi completamente cortado da lista de relacionados na derrota por 3 a 1 para o Arsenal, em 3 de setembro de 2024.

    Na coletiva pós-jogo, Ten Hag explicou que a ausência se devia ao desempenho do jogador nos treinamentos. Pouco depois, o atacante de 23 anos rebateu publicamente o treinador nas redes sociais.

    “Por favor, não acreditem em tudo o que leem! Não vou permitir que digam coisas completamente falsas. Meu comportamento nos treinos foi muito bom nesta semana. Acredito que existam outros motivos para isso, nos quais não vou entrar. Tenho sido bode expiatório há muito tempo, o que não é justo”, escreveu Sancho em uma publicação que, na prática, encerrou sua trajetória em Old Trafford.

    Em 14 de setembro, o United anunciou que Sancho treinaria “separadamente do grupo principal até a resolução de uma questão disciplinar interna”. Ele nunca mais atuaria pelo United de Ten Hag. Sem pedir desculpas pelas declarações, o inglês passou a segunda metade da temporada 2023/24 emprestado ao Dortmund, antes de se transferir para o Chelsea no último meio do ano, em um acordo com obrigação de compra.

  • Jose Mourinho Luke Shaw splitGetty Images

    José Mourinho x Luke Shaw

    Fechando a lista de confrontos de Mourinho — embora fosse possível citar vários outros — está sua longa e conturbada relação com Luke Shaw em Old Trafford. Apesar de o lateral ter atuado com relativa frequência durante a passagem de “The Special One” pelo United, ele foi alvo de repetidas críticas públicas.

    Após uma participação de 25 minutos no empate por 1 a 1 com o Everton, em abril de 2017, Mourinho afirmou que Shaw havia jogado “com o cérebro” do treinador, em referência ao nível de instruções táticas detalhadas que recebia à beira do campo. Os comentários vieram poucos dias depois de o português questionar o “foco e a ambição” do jogador, além de dizer que ele estava “muito atrás” de outras opções para a lateral esquerda naquele momento.

    As alfinetadas não cessaram nem após a demissão de Mourinho, que voltou a criticar Shaw em cobranças de bola parada enquanto atuava como comentarista. Em entrevista ao SportBible, em 2021, o defensor relembrou a relação difícil entre os dois.

    “Muitas das coisas que aconteceram entre nós, às vezes ele conduziu da maneira certa. Acho que muita gente no clube concorda com isso. Nossa relação não era das melhores, e isso provavelmente era fácil de perceber de fora. Mas uma coisa que o José fez foi me tornar mentalmente muito mais forte. Eu descreveria aquele período sob o comando dele como um grande fortalecimento mental.

    “Acho que me senti parte do time com o Ole [Gunnar Solskjaer], enquanto com o José, às vezes, não. Ole demonstrava confiança em mim. Eu sempre acreditei que tempos melhores viriam. Aguentei firme, passei por muita coisa, mas saí melhor do outro lado.”

  • Ruben Amorim Marcus RashfordGetty

    Rúben Amorim x Marcus Rashford

    Houve certa expectativa quando Rúben Amorim assumiu o comando do Manchester United, em novembro de 2024, de que ele pudesse ajudar Marcus Rashford a reencontrar sua melhor forma. Isso, porém, não aconteceu. O treinador português deixou claro que não tinha qualquer interesse em trabalhar com um jogador que expressou publicamente o desejo de buscar um novo clube apenas dois dias depois de ser cortado do elenco para o clássico contra o Manchester City, em dezembro, por motivos comportamentais.

    Amorim chegou a brincar, após a vitória por 1 a 0 sobre o Fulham no mês seguinte, dizendo que preferia escalar o preparador de goleiros do United, Jorge Vital, de 63 anos, a reintegrar Rashford ao time titular. Questionado sobre os motivos de o atacante ter despencado na hierarquia ofensiva, explicou: “A razão é o treino, a forma como eu vejo o que um jogador de futebol deve fazer nos treinos e na vida. É todo dia, cada detalhe. Se as coisas não mudarem, eu não vou mudar”.

    Cinco dias depois, o atacante inglês foi emprestado ao Aston Villa, onde voltou a jogar com um sorriso no rosto. No meio do ano seguinte, Rashford conseguiu novo empréstimo, desta vez ao Barcelona, onde elevou ainda mais seu nível, atuando ao lado de vários jogadores de classe mundial.

    Em entrevista à ITV Sport, em outubro, Rashford apontou um “ambiente inconsistente” como a principal razão para suas dificuldades nos Red Devils. Amorim minimizou as declarações ao ser questionado sobre elas em uma coletiva posterior, praticamente descartando qualquer retorno do jogador enquanto estiver no cargo: “Estou focado apenas no futuro e no presente do clube. Isso é o mais importante. Meu foco está nos meus jogadores, no que eles dizem e no que fazem”.

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