Quem vê a postura de Lionel Messi hoje em dia com a seleção argentina, mal consegue associar àquela figura discreta, que não queria 'aparecer' e, quase sempre, calada. O Messi de alguns poucos anos para cá deixou de ser protagonista apenas dentro do campo, mas passou a aceitar maiores responsabilidade fora dele.
Parece que 2019 foi o "ano da virada" dessa postura do capitão argentino. Até 2018, Messi mostrava momentos de eliminações e dificuldades com reclusão, silêncio e cabeça baixa. Em 2019, já se percebeu que Messi poderia estar mudando sua postura quando peitou Sergio Ramos, em um clássico entre Barça e Real Madrid, e falou que o espanhol era "mau caráter", em uma cena que nunca tinha sido comum do camisa 10.
De 2019 para cá, nota-se Messi com muito mais coragem para se impor diante de adversários, imprensa, instituições e situações difíceis que envolvam a seleção de seu país. Mais líder do que nunca, Messi incorporou a personalidade 'pistola' ao seu modo de lidar com as situações.
E por 'pistola' não deve-se entender, necessariamente, bravo ou irritado (o que muitas vezes é verdade), mas, principalmente, um jogador ligado ao que acontece e ciente de sua influência diante dos colegas e de toda a nação argentina. Messi parece ter entendido mais quem ele é e seu poder.
Deixou a personalidade de 'extra-terrestre', alheio e passivo ao que ocorria e assumiu carne, osso e, principalmente, sentimentos, que pulsam em suas veias latinas.
Não à toa, a Argentina voltou a ganhar favoritismo e maior destaque no cenário do futebol de seleções. Atuais campeões da Copa América, os 'hermanos' agora vão pela taça mais cobiçada do mundo.
Confira alguns sinais e momentos dessa mudança que um dos principais jogadores de sua geração protagonizou.





