Best há muito tempo era mais do que apenas um jogador de futebol. Suas façanhas esportivas, combinadas com seu estilo de vida rebelde, suas "escapadas", seus longos cabelos e suas frases espirituosas emanavam uma magia especial. Ele foi um dos primeiros astros do futebol mundial, era "o quinto Beatle", uma sensação. Durante os conservadores anos 1960, ele representou, como muitos astros do rock, o despertar para uma nova era. E Best sabia jogar com a sua imagem.
"Se eu tivesse que escolher entre marcar um gol de 40 metros em Anfield ou ir para a cama com a Miss Mundo, seria difícil decidir", disse Best uma vez. "Felizmente, fiz ambos." Ou: "Gastei grande parte do meu dinheiro em álcool, mulheres e carros velozes. O resto eu simplesmente desperdicei."
Tão rápido quanto sua ascensão foi sua queda. A vitória na Liga dos Campeões foi o último grande título de Best. Em seguida, suas prioridades se afastaram cada vez mais do esporte, entrando no mundo noturno. Mais uma cerveja aqui, mais uma Miss Mundo ali. Ele perdeu o equilíbrio. Muito cedo o futebol se tornou secundário para ele. Uma pena, pois Best era um jogador brilhante. "O melhor que eu já vi", disse Pelé. Esse elogio foi a "maior honraria de sua vida", respondeu Best.