Rúben Amorim tinha acabado de responder a uma pergunta sobre não ter escalado Marcus Rashford e estava ouvindo outra sobre a rotação do elenco quando foi rudemente interrompido. Não por um jornalista, mas por uma goteira vinda do teto da sala de imprensa de Old Trafford.
Houve muitas mudanças no Manchester United no último ano desde que Sir Jim Ratcliffe comprou sua participação no clube por 1,2 bilhão de libras (R$ 9,3 bilhões). O centro de treinamento está sendo renovado, os planos para construir um novo estádio aceleraram, 160 milhões de libras (R$ 1,2 bilhão) foram investidos em novos jogadores, e mais de 250 pessoas perderam seus empregos, incluindo Sir Alex Ferguson, Erik ten Hag e Dan Ashworth. E, no entanto, a equipe ainda está perdendo por 3-0 em casa para o Bournemouth seguida de outra derrota por 2 a 0 para o Wolverhampton, a atitude de Rashford continua sendo polêmica, e há um vazamento no estádio toda vez que chove fortemente.
Amorim deixou a ensolarada Lisboa e um Sporting conquistador que ele havia construído para se juntar a este clube atualmente disfuncional, e ele ainda teve que perder o Natal pela primeira vez para levar sua equipe desalinhada a perder do Wolves no Boxing Day. Ele poderia ser perdoado por se arrepender dessa decisão agora que percebe o tamanho do trabalho de reconstrução que enfrenta. Mas ele não está prestes a mudar de curso. Nem deveria.
Porque, embora pareça que o United não tenha progredido desde que trocou Ten Hag por Amorim, o português tem um plano para reviver a equipe. Ele deve seguir com essa mentalidade, e o clube deve apoiá-lo ao longo do árduo caminho.