Lionel Messi, clubes brasileiros, irmãos Bellingham e mais: os vencedores e perdedores da fase de grupos do Mundial de Clubes 2025

Não foram apenas os representantes do Brasil que trouxeram a vibração que tantos outros times deixaram a desejar — com suas torcidas animadas, coloridas e intensamente apaixonadas —, mas também mostraram dentro de campo por que merecem destaque, consolidando-se como a grande surpresa do torneio até aqui.

Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo avançaram às oitavas de final, contrariando as expectativas. Este último, aliás, protagonizou o resultado mais marcante da competição até agora, com uma impressionante vitória por 1 a 0 sobre o campeão europeu Paris Saint-Germain, que chamou a atenção do mundo. Os clubes do Brasileirão são, sem dúvida, a grande história da fase de grupos.

Sempre se soube que seria difícil para a equipe semiprofissional do Auckland City, que caiu em um grupo com dois tradicionais clubes europeus, além do Boca Juniors. Ainda assim, certamente esperavam por algo melhor do que sofrer 16 gols em apenas dois jogos.

Os neozelandeses foram atropelados por 10 a 0 pelo poderoso Bayern de Munique, antes de uma derrota um pouco menos humilhante — mas ainda pesada — por 6 a 0 diante do Benfica, dando fim a suas já mínimas chances de classificação. No entanto, se despediram com dignidade ao arrancar um respeitável empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, mesmo tendo apenas 26% de posse de bola.

Todos os olhos estão voltados para Estêvão nos jogos do Palmeiras até aqui, enquanto o garoto se prepara para concluir sua aguardada transferência de £56 milhões para o Chelsea após o torneio. E, até agora, ele não decepcionou.

Embora ainda não tenha causado um impacto estrondoso, o jovem conquistou prêmios de melhor jogador em sequência contra Porto e Al Ahly, além de entregar uma boa atuação diante do Inter Miami — partida na qual enfrentou um de seus ídolos, Messi. O mais impressionante é que está claro que ainda há muito mais por vir. O Chelsea deve aproveitar ao máximo esse enorme potencial.

Vítima do sucesso dos clubes brasileiros, o Atlético de Madrid foi eliminado em um grupo que contava com PSG, Botafogo e Seattle Sounders — em grande parte por conta de uma pesada derrota na estreia diante dos atuais vencedores da Champions League.

Aquele revés por 4 a 0, somado à surpreendente vitória do Botafogo sobre o PSG, significou que o Atleti precisaria derrotar o time brasileiro por pelo menos três gols de diferença em sua última partida para avançar às oitavas de final. No entanto, conseguiu apenas uma vitória por 1 a 0, lutando o tempo todo para superar uma defesa extremamente sólida.

Após toda a polêmica em torno da forma como se classificou, o Inter Miami é o único clube da MLS a alcançar as oitavas de final do Mundial de Clubes — e, claro, tem Lionel Messi a agradecer por isso.

A vitória sobre o respeitado Porto, habitual participante da Champions League, foi sem dúvida o ponto alto. O golaço de falta marcado pelo argentino no segundo tempo completou uma virada memorável, enquanto o empate com o Palmeiras garantiu a classificação dos Herons. Seja por clube ou seleção, Messi jamais deixou de avançar em uma fase de grupos ao longo de sua brilhante carreira.

Às vezes, é inevitável se perguntar o que se passa na cabeça de Nicolas Jackson. O atacante, constantemente alvo de debates, voltou a prejudicar o Chelsea na surpreendente derrota por 3 a 1 para o Flamengo, ao ser expulso por uma entrada imprudente apenas quatro minutos depois de sair do banco — e instantes após os brasileiros virarem.

Essa foi a segunda expulsão do atacante senegalês em apenas quatro partidas pelo clube, após ter sido expulso no fim da temporada passada na derrota para o Newcastle pela Premier League. O incidente gerou questionamentos imediatos sobre seu futuro a longo prazo nos Blues, já que sua disciplina claramente tem sido um problema. Como resultado, sua suspensão foi ampliada para dois jogos, o que pode impedi-lo de atuar novamente no restante do torneio.

O Chelsea realmente escapou por pouco na fase de grupos. Amplamente cotado para liderar um grupo composto por Flamengo, Los Angeles FC e Espérance de Tunis, os Blues acabaram ficando com a segunda colocação após uma surpreendente derrota para o clube brasileiro — resultado agravado pela expulsão de Nicolas Jackson.

Tudo indicava que os comandados de Enzo Maresca enfrentariam o Bayern de Munique nas oitavas de final, mas a inesperada derrota dos bávaros para o Benfica mudou completamente o cenário: agora, o Chelsea terá pela frente os portugueses nas oitavas, enquanto Palmeiras ou Botafogo podem ser os adversários nas quartas — um caminho consideravelmente mais acessível. Já o Bayern, por sua vez, provavelmente terá de encarar o campeão europeu PSG.

Seguindo os passos do irmão, Jobe Bellingham completou uma transferência milionária do Sunderland para o Borussia Dortmund a tempo de se juntar ao irmão mais velho e astro do Real Madrid, Jude, na disputa do Mundial de Clubes.

Após estreias discretas na fase de grupos, tanto Jobe quanto Jude se destacaram em suas segundas partidas, marcando gols e sendo eleitos os melhores em campo. Jude chegou a admitir que “precisava fazer algo” contra o Pachuca depois de ver o irmão mais novo balançar as redes no dia anterior. Ambos ainda contribuíram com assistências em seus jogos finais da fase de grupos.

Com o Mundial de Clubes funcionando como uma espécie de ensaio para a Copa do Mundo do próximo ano nos EUA, México e Canadá, é justo dizer que alguns problemas iniciais já surgiram — e os jogadores estão sentindo as consequências.

Houve reclamações sobre a qualidade dos gramados, mas os maiores desafios têm sido o calor intenso e o clima instável. Algumas equipes enfrentaram dificuldades para treinar em temperaturas que ultrapassam os 40°C, e partidas chegaram a ser interrompidas devido às condições climáticas extremas.

Algumas equipes, no entanto, se adaptaram perfeitamente às condições, sugerindo que as seleções da Concacaf e da Conmebol podem ter uma vantagem sobre suas rivais europeias quando a Copa do Mundo começar daqui a um ano.

Já destacamos o desempenho dos clubes brasileiros, enquanto os principais times argentinos, Boca Juniors e River Plate, também demonstraram estar à vontade na umidade. Os clubes africanos ainda não têm estrutura suficiente para competir em alto nível, mas suas principais seleções certamente serão competitivas. A Argentina, por sua vez, continuará apostando na manutenção de seu título.