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Fluminense v Palmeiras - Brasileirao 2025Getty Images Sport

Fluminense paga o preço por ter ido longe no Mundial de Clubes em retorno do Brasileirão

A participação histórica do Fluminense no novo formato do Mundial de Clubes — com direito à semifinal contra o Chelsea — rendeu prestígio, cifras milionárias e reconhecimento internacional. Mas, na volta ao Campeonato Brasileiro, o time tem enfrentado a dura realidade de um calendário implacável. Desde o retorno da competição nacional, o Tricolor acumula três derrotas consecutivas no Maracanã: 2 a 0 para o Cruzeiro, 1 a 0 para o Flamengo e, mais recentemente, 2 a 1 para o Palmeiras.

O clube foi o brasileiro que chegou mais longe no torneio da Fifa, superando adversários como Al Hilal e Inter de Milão, e avançando em um grupo com o Borussia Dortmund. No entanto, o desempenho de destaque internacional cobra seu preço no cenário doméstico. Além do desgaste físico evidente, o Fluminense também precisou lidar com a saída de seu principal jogador: o colombiano Jhon Arias, vendido ao Wolverhampton por 22 milhões de euros.

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  • Fluminense FC v Al-Hilal: Quarter Final - FIFA Club World Cup 2025Getty Images Sport

    Faturou alto, mas perdeu peças importantes

    A campanha internacional trouxe retorno financeiro expressivo. O Fluminense embolsou US$ 60,84 milhões (cerca de R$ 337 milhões), tornando-se o sul-americano mais bem pago no novo Mundial. A cifra supera os valores recebidos por Palmeiras (US$ 39,84 mi), Flamengo (US$ 27,71 mi) e Botafogo (US$ 26,71 mi). No entanto, parte desse ganho pode ser ofuscada pela perda técnica com a saída de Arias — peça-chave do time — negociado com o Wolves por R$ 142 milhões.

    Com a venda, o clube manteve 10% dos direitos do jogador para uma futura transação. Ainda assim, a ausência do camisa 21 tem sido sentida em campo, tanto na criação de jogadas quanto na consistência ofensiva da equipe. O colombiano, inclusive, foi eleito para a seleção final da competição, assim como Thiago Silva.

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    Renato reclama do calendário e da maratona de jogos

    O técnico Renato Gaúcho não esconde o incômodo com o calendário nacional. Após a derrota para o Flamengo, ele apontou o desgaste dos jogadores e a falta de tempo para treinar ou descansar como principais vilões da má fase. “Fluminense, Flamengo, Botafogo e Palmeiras foram para o Mundial. O Fluminense foi o último clube a sair do Mundial. Todos os clubes que ficaram no Brasil tiveram férias, fizeram pré-temporada e estão descansados. A gente vêm no tiroteio, pegada forte, não tem como colocar a mesma equipe a cada três dias. Os jogadores querem jogar, vão entrar e a outra equipe vai atropelar a gente”, afirmou.

    Renato ainda citou o Cruzeiro como exemplo: “Outro exemplo que vou dar é o Cruzeiro. Cruzeiro ficou, fez pré-temporada, acho que fez o terceiro jogo hoje. Mudou meio time. E eu te pergunto: será que os treinadores estão errados em poupar os jogadores?!”. O recado é claro: o sucesso internacional trouxe bônus, mas também impôs um ônus difícil de administrar no futebol brasileiro.

    Após o jogo contra o Palmeiras, o treinador disse: “A equipe vem jogando bem. O que precisamos melhorar — e com urgência — é o foco. Aquele mesmo foco que tivemos no Mundial de Clubes, mas mantido durante todo o jogo. Hoje, por exemplo, fazíamos um ótimo primeiro tempo, mas nos acréscimos levamos um gol. No início da segunda etapa, mais uma falha nossa, veio o segundo. E no futebol é assim: fazer gol é difícil, independentemente do time que se tem. O que não podemos é cometer erros e facilitar para os adversários.”

    Agora, o Flu se mantém com 20 pontos, na oitava colocação, mas corre risco de cair na tabela com os jogos restantes da rodada.

  • Fluminense v Palmeiras - Brasileirao 2025Getty Images Sport

    Desempenho preocupa, mas há margem para recuperação

    Apesar do início ruim no Brasileirão pós-Mundial, o Fluminense ainda tem elenco para reagir. Jogadores como Germán Cano, Hércules e Thiago Silva seguem como pilares da equipe, e a base montada nos últimos anos continua sólida. No entanto, será preciso rodar o elenco e recuperar o moral do grupo para evitar que a maratona de 2025 comprometa toda a temporada, que terá oitavas de Copa do Brasil e Copa Sul-Americana já em agosto.

    E sejamos justos: passada a glória no Mundial e de volta à realidade nacional, a equipe enfrentou o agora líder Cruzeiro, teve um clássico Fla-Flu e ainda encarou o Palmeiras de Abel Ferreira — missão nada simples em um retorno tão imediato após a competição.

    Com reforços pontuais, utilizando os altos valores recebidos, e ajustes no calendário, o Tricolor pode transformar essa turbulência em combustível para retomar o protagonismo — agora no cenário nacional.

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