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Wirtz Simons GFXGetty/GOAL

Florian Wirtz e Xavi Simons vão entrar na lista? As oito piores contratações que foram da Bundesliga à Premier League

O debate sobre como os jogadores da Bundesliga se adaptam à Premier League voltou à tona neste início de temporada. Florian Wirtz e Xavi Simons, que brilharam na Alemanha no ano passado, têm enfrentado dificuldades em seus novos clubes, Liverpool e Tottenham. Juntos, eles somaram 40 participações em gols na última temporada, mas agora, somando 17 jogos na Inglaterra, conseguiram apenas uma assistência — mesmo após custarem quase 170 milhões de libras (R$ 1,19 bilhão).

No Liverpool, Wirtz ainda não encontrou um papel que se encaixe bem no esquema de Arne Slot e, por isso, já foi para o banco algumas vezes. Simons vive situação parecida: no último fim de semana, foi substituído diante do Chelsea mesmo tendo começado o jogo no banco.

As dúvidas também cercam nomes como Benjamin Sesko, Jamie Gittens e Jeremie Frimpong, recém-chegados da Bundesliga. Embora alguns jogadores tenham feito sucesso após essa transição — como Erling Haaland —, há cada vez mais exemplos de contratações que decepcionaram. O número de casos mal-sucedidos começa a levantar questionamentos entre torcedores sobre a real confiabilidade de buscar reforços no futebol alemão.

A seguir, a GOAL relembra algumas das transferências mais decepcionantes de jogadores que vieram da Bundesliga para a Premier League nos últimos anos.

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  • Manchester United v Wolverhampton Wanderers - Premier LeagueGetty Images Sport

    Jadon Sancho

    O Borussia Dortmund apostou em um jovem Jadon Sancho de 17 anos, tirando-o da base do Manchester City em 2017 e dando-lhe espaço no time principal logo de cara. Nos quatro anos seguintes, ele se transformou em um dos pontas mais empolgantes da Europa, com 107 participações em gols em 137 jogos e um título da Copa da Alemanha ao lado de nomes como Haaland e Jude Bellingham.

    Em 2021, o Manchester United pagou caro para repatriar o atacante, tornando-o o segundo jogador inglês mais caro da história. O técnico Ole Gunnar Solskjaer dizia que Sancho traria “velocidade, talento e criatividade” ao time — mas isso nunca se concretizou. Desde então, ele marcou apenas 12 gols e se envolveu em mais polêmicas fora de campo do que boas atuações. Já foi afastado por Erik ten Hag e Rúben Amorim, teve empréstimos ao Dortmund e ao Chelsea, e hoje tenta se reerguer no Aston Villa, sem garantia de ser titular. Mesmo com enorme talento, a falta de físico e atitude fizeram com que Sancho nunca repetisse o brilho dos tempos de Bundesliga.

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  • Christopher Nkunku Chelsea 2025Getty Images Sport

    Christopher Nkunku

    Christopher Nkunku parecia pronto para dominar a Premier League. Rápido, técnico e decisivo, o francês brilhou pelo RB Leipzig entre 2019 e 2023, com 70 gols em todas as competições. Sua chegada ao Chelsea por 52 milhões de libras (R$ 363,8 milhões) foi vista como um grande acerto.

    Mas o ritmo e a intensidade do futebol inglês cobraram o preço. As lesões seguidas atrapalharam sua adaptação, e o atacante acabou perdendo espaço para Cole Palmer. Mesmo com bons momentos e 18 gols em 62 partidas, Nkunku nunca conseguiu se firmar em Stamford Bridge e foi negociado com o Milan em 2025. No fim, ficou a sensação de que ele tinha qualidade, mas não a resistência física necessária para brilhar na Premier League.

  • Havertz Chelsea 2Getty

    Kai Havertz

    Kai Havertz surgiu como joia do Bayer Leverkusen, acumulando 77 participações em gols ainda jovem, o que despertou o interesse de grandes clubes da Europa. O Chelsea venceu a disputa e o contratou em 2020 por uma fortuna, vendo nele um novo “Ozil”. Mas logo ficou claro que o encaixe seria difícil.

    No Leverkusen, Havertz atuava mais recuado, como meia ou segundo atacante. No Chelsea, foi usado como centroavante e teve dificuldades em se adaptar. Marcou só quatro gols na Premier League em sua primeira temporada, embora tenha sido o herói da final da Champions de 2021 com o gol do título.

    Apesar de seguir como titular nas temporadas seguintes, nunca convenceu totalmente. Em 2023, foi vendido ao Arsenal por 65 milhões de libras (R$ 420 milhões), mas o enredo se repetiu: boas atuações pontuais, pouca regularidade e, mais recentemente, uma sequência de lesões que interrompeu sua evolução.

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  • Pulisic-ChelseaGetty

    Christian Pulisic

    O Chelsea contratou Christian Pulisic do Borussia Dortmund em janeiro de 2019, e a imprensa dos Estados Unidos tratou o negócio como um “marco” para o futebol do país. O Dortmund lamentou a saída de um jogador que considerava “impecável”, mas Pulisic já vivia uma fase difícil — havia perdido espaço para Jadon Sancho e sofria com problemas físicos.

    Na época, o jornal BILD chegou a dizer que o Chelsea estava “louco” por pagar tanto em um atleta que tinha “estagnado” aos 21 anos. E, de certo modo, acertou. Mesmo tendo conquistado títulos importantes — como a Champions League e o Mundial de Clubes —, Pulisic nunca teve sequência no time inglês. Lesões e a bagunça nas contratações do Chelsea o atrapalharam bastante.

    Com o tempo, ele perdeu espaço no elenco e acabou vendido ao Milan por um valor bem abaixo do que custou. Na Itália, reencontrou um pouco da confiança. Pulisic já admitiu que sentia muita pressão no Chelsea e que isso o afetou. Hoje, tenta se firmar no Milan, em uma liga menos exigente que a Premier League.

  • Real Madrid v Chelsea FC Quarter Final Leg Two - UEFA Champions LeagueGetty Images Sport

    Timo Werner

    O Chelsea pagou a multa de 45 milhões de libras (R$ 315 milhões) para tirar Timo Werner do RB Leipzig em 2020, depois de uma temporada com 28 gols na Bundesliga. Ele chegava como um dos atacantes mais promissores da Europa, mas nunca rendeu o esperado na Inglaterra.

    Werner marcou apenas 10 gols na Premier League em dois anos e ficou conhecido pelas chances perdidas e finalizações ruins. Acabou voltando ao Leipzig por menos da metade do valor pago, em 2022, e depois ainda foi emprestado ao Tottenham, sem conseguir se destacar.

    Hoje, aos 29 anos, o alemão praticamente não joga mais no Leipzig. As passagens por Chelsea e Tottenham deixaram claro que o estilo físico e intenso da Premier League nunca combinou com seu jogo.

  • Fulham v West Ham United - Pre-Season FriendlyGetty Images Sport

    Sebastien Haller

    O Eintracht Frankfurt acertou em cheio ao contratar Sebastien Haller em 2017. O atacante da Costa do Marfim brilhou com 33 gols em duas temporadas e chamou atenção do West Ham, que o comprou por um valor recorde.

    Haller começou bem na Premier League, mas logo caiu de rendimento. Isolado no ataque e longe do estilo de jogo que o favorecia, marcou apenas 10 gols em um ano e meio antes de ser vendido ao Ajax. Na Holanda, recuperou o bom futebol, o que lhe rendeu uma nova chance no Borussia Dortmund.

    Haller ainda teve uma história de superação ao vencer um câncer testicular e conquistar a Copa Africana de Nações com a Costa do Marfim. No fim, foi o West Ham que falhou em aproveitá-lo — e não o contrário.

  • Niclas Fullkrug West Ham 2025Getty Images

    Niclas Füllkrug

    Depois de uma ótima temporada pelo Borussia Dortmund, em que marcou 15 gols e ajudou o time a chegar à final da Champions, Niclas Füllkrug decidiu ir para o West Ham em 2024. Ele acreditava que trabalhar com Julen Lopetegui seria o passo certo na carreira.

    Mas o tempo mostrou que sua melhor fase já tinha passado. Aos 31 anos, o atacante marcou só três gols em 24 partidas e perdeu espaço. Seus treinadores — primeiro Lopetegui, depois Graham Potter — não conseguiram tirar o melhor dele.

    Além das lesões, Füllkrug também perdeu o controle em alguns momentos, criticando publicamente o elenco após um empate contra o Southampton. Hoje, o jogador deve deixar o clube, e até seu empresário admite que a transferência não deu certo.

  • naby keitaGetty Images

    Naby Keita

    O Liverpool pagou caro para contratar Naby Keita do RB Leipzig em 2018, e ainda deu ao volante a camisa 8 que já foi de Steven Gerrard. Na Alemanha, ele era visto como um meio-campista completo — técnico, veloz e com chegada ao ataque.

    Mas na Premier League, o ritmo e o contato físico cobraram um preço alto. Keita nunca conseguiu se adaptar totalmente e passou boa parte do tempo machucado. Em cinco anos no Liverpool, jogou menos da metade das partidas possíveis.

    Com o fim do contrato, ele foi para o Werder Bremen, mas a passagem também terminou mal. Acabou emprestado ao Ferencváros, da Hungria, depois de se recusar a viajar para um jogo. De promessa empolgante, Keita virou símbolo de um talento que não se firmou na elite europeia.

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