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LDU Quito v Palmeiras - Copa CONMEBOL Libertadores 2025Getty Images Sport

Derrotas com péssimas atuações do Palmeiras já colocam pressão sobre Carlos Miguel em meio a plano de substituir Weverton no gol

O Palmeiras é um dos clubes que mais exaltam a história de seus goleiros. E, de fato, os alviverdes contam com uma coleção enorme de craques sob suas traves. Uma lista que vai desde Oberdan Cattani, passando por Emerson Leão, Velloso, Marcos, Fernando Prass e Weverton, por exemplo. É uma linhagem quase mística, uma tradição que ajuda a definir parte da identidade competitiva do clube e que carrega um enorme peso simbólico dentro da torcida.

Uma das consequências é que as transições de um grande ídolo para o seu substituto nem sempre costumam ser fáceis. É difícil preencher o tamanho das luvas que ficam para trás quando falamos de grandes ídolos deste quilate. Existe toda uma carga emocional, uma expectativa difícil de entregar. Atualmente o desafio está com Carlos Miguel, uma vez que aos 37 anos, e com contrato até o fim de 2026, Weverton já começa a viver seus potenciais últimos momentos pelo clube.

O goleiro, que estava no Nottingham Forest, da Inglaterra, já chegou ao Allianz Parque carregando pesos enormes: ter atuado pelo Corinthians, a etiqueta de compra mais cara da história palmeirense para alguém de sua posição (foram 5,5 milhões de euros investidos), e a responsabilidade de, futuramente, herdar o lugar que desde 2018 é de Weverton – que neste período se transformou em um dos maiores vencedores de toda a história alviverde. Além disso, o contexto do futebol brasileiro, sempre passional e impaciente, torna a missão ainda mais complexa.

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  • FBL-BRA-FLAMENGO-PALMEIRASAFP

    Derrotas pesadas no início de Carlos Miguel

    Mas as duas primeiras partidas de Carlos Miguel sob as traves palmeirenses, enquanto Weverton se recupera de lesão, não foram nada boas. E invariavelmente colocam uma pressão extra sobre o jogador. Com o seu novo camisa 1, perdeu por 3 a 2 para o Flamengo em jogo daqueles com cara de final no Brasileirão de pontos corridos. E, logo na sequência, tomou outros três gols na derrota por 3 a 0 para a LDU de Quito, no jogo de ida das semifinais da Libertadores 2025.

    Carlos Miguel até conseguiu fazer algumas boas defesas contra os equatorianos, mas a verdade é que as péssimas atuações recentes do time treinado por Abel Ferreira não só podem ter colocado toda a temporada em xeque, como também afetam as primeiras impressões que a sempre exigente torcida alviverde tem daquele que chegou ao clube para ser o futuro palmeirense sob as traves.

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  • Marcos of PalmeirasGetty Images Sport

    O início de São Marcos

    Esta já pode ser considerada a sucessão com início mais problemático de um ídolo palmeirense para outro nome badalado, cuja responsabilidade é preencher o lugar que vai ficar vago. Marcos, por exemplo, demorou nove jogos para sofrer seus seis primeiros gols no Palmeiras, em 1996. O eterno camisa 12 do clube era reserva de Velloso quando, pouco a pouco (e inteiramente durante a campanha vitoriosa da Libertadores de 1999), assumiu de vez a posição.

  • Fluminense v Palmeiras - Brasileirao Series A 2015Getty Images Sport

    Cavalieri tenta, mas Fernando Prass herda um trono vazio

    O grande candidato para suceder a Marcos acabou sendo Diego Cavalieri, que estreou em 2004 e demorou quatro jogos para sofrer seis (e depois, naquele mesmo jogo contra o Santo André, o sétimo) gols. Mas a passagem de Cavalieri acabou não sendo tão longa, muito menos tão vitoriosa, quanto a de Marcos. E a posição ficou para qualquer um agarrar até a chegada de Fernando Prass, em 2013. E embora Jailson tenha sido um reserva mais do que importante no período, é discutível que tenha sido visto realmente como alguém para, a longo prazo, iniciar um longo período de sucesso depois de Fernando Prass.

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  • Palmeiras v Corinthians - Brasileirao Series A 2018Getty Images Sport

    Weverton assume e faz história

    O candidato a este posto, na verdade, chegou em 2018: Weverton. Ele demorou 16 jogos para sofrer seis gols, e o resto é história. Carlos Miguel tem contrato com o Palmeiras até 2030 e não faltarão oportunidades para provar o seu valor, mas não há dúvidas de que a pressão sobre suas costas é grande mesmo com tão pouco tempo no clube. O Palmeiras tem grandes goleiros em sua história, mas não é tão fácil ser um grande goleiro na história do Palmeiras — e essa diferença sutil é o que separa os bons dos lendários.

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