Todos nos lembramos daquele passe. Luka Modric recebe a bola em um pequeno espaço entre o meio-campo e a linha defensiva do Chelsea. Ele mal levanta a cabeça antes de executá-lo — um lançamento milimétrico, de trivela, direto para Rodrygo no segundo poste. O atacante finaliza em movimento, o Real Madrid salva sua vaga nas semifinais da Champions League, avança até a final e, depois, levanta o troféu. Aquela assistência deslumbrante foi um dos muitos momentos decisivos daquela campanha na temporada 2021/22.
Modric tinha 35 anos quando fez aquele passe provocante — e já parecia atemporal. O trio formado por Kroos, Modric e Casemiro caminhava para o fim, mas o croata mostrava que ainda tinha muito a oferecer.
Ele continuaria como peça-chave no meio-campo merengue por mais duas temporadas, sendo decisivo nos grandes jogos e poupado nos menos exigentes, cuidando do corpo. Mas agora, o cenário mudou. Modric parece cansado — e já não é mais o mesmo. Em uma temporada marcada pela instabilidade no meio-campo do Real, o vencedor da Bola de Ouro de 2018 também deu sinais de desgaste.
Ele está longe de ser um peso morto, mas o que se vê em campo confirma o que as estatísticas indicam: Modric envelheceu. O croata confirmou nesta quinta-feira que vai deixar o Real Madrid, e o melhor para sua história no clube é sim sair enquanto ainda tem futebol para partir com dignidade.
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