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GFX brasileiros mundial de clubes 2025GOAL

Dá para acreditar! Chance de título brasileiro no Mundial de Clubes de 2025 é real e não pode ser descartada

Você sabe mais que um supercomputador? Se em 1996, quando a internet começava a dar suas primeiras engatinhadas no Brasil, uma máquina venceu o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov, imagina o que as mais elaboradas versões de computadores não fariam hoje nesta já difundida era de inteligências artificiais?

Este texto começa com duas perguntas, o que naturalmente lhe entrega dois pontos de interrogação. Mas a verdade é que as interrogações são infinitas. É possível fazer sites e sites apenas com perguntas, assim como muitas matérias até mesmo sobre futebol têm, hoje em dia, ao invés de um título clássico – e criativo ou bonito – uma pergunta como manchete (ou título), apenas para surfar na onda dos algoritmos que pescavam insaciavelmente o que usuários lhe perguntavam.

Mas este texto é, também, uma peitada na inteligência artificial. Pois embora ela venha se provar muito útil para vários segmentos e, queiramos ou não, tenha chegado de vez para ficar, ela não sabe TANTO de futebol assim.

Às vésperas do início do Mundial de Clubes de 2025 da Fifa, a primeira edição de quatro em quatro anos em formato expandido com 32 times de todo o globo, um supercomputador da Opta Sports, empresa que é referência em estatísticas esportivas, decretou: a chance de um clube brasileiro levantar o caleidoscópico troféu dourado é menor que 1%.

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    Menor. Que. Um. Por. Cento!

    Flamengo e Palmeiras (0.3% de chances cada) seriam os únicos brasileiros com algum tipo microscópico de chance, enquanto Botafogo e Fluminense sequer possuiriam qualquer probabilidade de sonhar – esta coisa onírica pertencente apenas a humanos e outros seres vivos.

    Tirar o favoritismo dos europeus na competição seria brigar com evidências. Gostemos ou não, o futebol de elite mundial de clubes – as principais ligas nacionais, além da Champions League e os grandes craques do momento – está situado no Velho Continente. Apenas para completar a informação importante do supercomputador: o PSG (18,5% de chances) é o mais provável campeão.

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    O que o computador não deve computar...

    Só que existem fatores que a inteligência artificial talvez não leve, ainda, em consideração. O ânimo e a importância maior que sul-americanos e clubes de outros continentes que não seja o europeu dão para estas competições, por exemplo.

    Nenhum time profissional sério e limpo de qualquer tipo de corrupção entra em campo querendo perder. Ser derrotado é contra tudo o que se prega, desde as categorias de base, quando atletas profissionais estão em ação. Mas também é inegável que se você tiver mais fome, seu ataque ao objetivo costuma ser maior e melhor.

    Este grau máximo de vontade, contrastado com a vibe de “só mais um compromisso que não seja a nossa Champions League ou Premier League ou La Liga”, se não garantiu aos sul-americanos os títulos de Copa Intercontinental disputados desde 2013, ao menos entregaram, na maioria das vezes, partidas mais equilibradas do que se poderia imaginar nas finais contra os poderosos europeus.

    Em outras palavras: deu margem ao menos para deixar sonhar. Chelsea e Liverpool precisaram ir até a prorrogação para baterem, respectivamente, Palmeiras (2021) e Flamengo (2019). O Bayern de Munique venceu o Tigres, do México, por um magro 1 a 0 em 2020 e até mesmo o Real Madrid no ápice de seus poderes, em 2017, naquele timaço de Cristiano Ronaldo, foi campeão tendo batido o Grêmio por magros 1 a 0. Há claramente um favoritismo enorme de um lado, mas daí a colocar chances menores de 1% é um exagero enorme.

  • Flamengo v Botafogo - Brasileirao 2025Getty Images Sport

    O calendário e as pernas cansadas

    Até porque o Mundial de Clubes de 2025 terá, além de uma versão estendida, a particularidade de ser disputado no meio do ano, quando os times brasileiros teoricamente estão entrando fisicamente em seu melhor momento, ao invés de ser realizado em dezembro, ao término de uma exaustiva temporada – o exemplo do Botafogo de 2024, embarcando para o Qatar no mesmo dia em que também conquistava o título brasileiro, sem sequer tempo para festejar a conquista nacional e com 74 jogos nas costas, ainda está fresco na memória.

    Nos Estados Unidos, desta vez as pernas cansadas serão as dos europeus. Os mesmos europeus que já não costumam dar TANTA importância para competições deste gênero, em comparação aos sul-americanos. Junte isso à capacidade que times como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras têm... e é preciso, no mínimo, respeitar o direito de sonhar.

    Dito isso, claro que existe a realidade dos mais diferentes grupos e chaveamentos. O Fluminense, por exemplo, tem um grupo bastante acessível: o Borussia Dortmund, da Alemanha, é o único adversário mais difícil, em contraste com Ulsan Hyundai (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul).

    O Palmeiras tem a promessa de enfrentamentos duros contra o Porto, de Portugal, Al Ahly, do Egito, e pode-se esperar qualquer coisa de um Inter Miami que, apesar de frágil, conta com um tal de Lionel Messi e um certo Luis Suárez em seu elenco. Mas a expectativa é de classificação dos alviverdes ao mata-mata.

    Esperance e Los Angeles FC não devem ser grandes desafios para o Flamengo, que terá apenas o Chelsea como partida teoricamente mais complicadinha. A grande emoção desta primeira fase acabou caindo no colo do Botafogo, que vai enfrentar um PSG fresco do título da Champions League na maior goleada da história das finais europeias, além de Atlético de Madrid e um respeitável Seattle Sounders.

    O atual campeão brasileiro e da América é um azarão no Mundial de Clubes da Fifa, mas imagine só um cenário em que o Glorioso consegue avançar para as oitavas de final deixando PSG ou Atleti para trás... seria para bugar cérebros e chips de computadores.

    Mas a grande verdade é que, uma vez dentro de mata-matas em jogos únicos, os clubes brasileiros, mais descansados que os europeus e babando pelo caleidoscópio em forma de troféu, têm chances bem maiores do que 1% de título. Não duvide ver um deles na finalíssima!

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