Há alguns anos, Zidane está firmado no quadro dos maiores treinadores do mundo na atualidade. Jürgen Klopp, por sua vez, vem construindo sua fama de maneira menos meteórica do que a do francês.
O Real Madrid, de Zidane e o Liverpool, de Klopp se enfrentam na grande final da UEFA Champions League no sábado (26), às 15h45 (de Brasília), em Kiev, na Ucrânia.
Ambos os treinadores entendem muito claramente que o mais importante no futebol é marcar gols. Mais importante do que jogar bonito, o objetivo do futebol é balançar as redes para vencer o jogo. Os dois times sabem da importância de atacar e têm mentalidades agressivas.
Não é à toa que falamos aqui dos dois melhores ataques da Champions League. O Liverpool tem 40 gols, contra 30 do Real Madrid. Ambos contam com finalizadores precisos: Mohamed Salah e Cristiano Ronaldo. Sem contar os outros integrantes como Benzema, Bale, Firmino e Mané. São times que gostam de fazer muitos gols.
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Para conseguir esse objetivo, os treinadores traçam estratégias diferentes. Embora os dois valorizem uma saída de bola com qualidade, o Real Madrid prefere trabalhar mais com ela nos pés de seus meio-campistas altamente técnicos. Já o Liverpool prefere um jogo com mais velocidade e força. O famoso jogo mais vertical.
Isso não quer dizer que os comandados de Klopp se valham do “chutão”. Muito pelo contrário. Os Reds são mais objetivos e procuram sempre ir para frente, enquanto o Real Madrid prefere ter mais paciência com a bola para fazer os deslocamentos mais precisos. Nesse ponto, a lesão de Alex Oxlade-Chamberlain pode significar muita coisa para o técnico alemão. Forte, rápido, bom finalizador e que está evoluindo no fundamento dos passes, o “Ox” vinha se firmando como jogador de ligação no meio campo do clube de Merseyside.
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A marcação que os dois usam também é bastante diferente. Mais vibrante, a equipe de Klopp é bastante brigadora e, normalmente, fecha os espaços com superioridade numérica e nunca evita o contato físico. Já o Real Madrid faz um jogo mais posicional e procura fechar os espaços pela movimentação coletiva. Com isso, deixa a grande parte dos embates físicos para Casemiro.
São dois jeitos de jogar que exploram as características de cada elenco. Nesse ponto vemos a importância de mentes brilhantes no banco. O técnico é quem decide como usar cada jogador para conseguir uma melhor soma coletiva. O Real Madrid conta com um elenco mais técnico e isso fica evidente, principalmente, quando observamos Kroos e Modric, que ditam o ritmo do jogo.
São dois dos melhores técnicos da atualidade, que estão totalmente por dentro de como o futebol é jogado hoje. Na verdade, mais do que isso, são dois dos que criam tendências que serão seguidas por mais alguns anos.




