EDITORIAL
Passaram por cima do Barcelona no Estádio Olímpico, em Roma. No geral, não mereceu avançar as semifinais, depois da enganosa goleada no Camp Nou e da pancada aplicada pelos homens de Eusebio Di Francesco em um Barça que não fez jus à sua camisa no feudo romanista. Só se viu uma equipe em campo, do início ao fim dos 90 minutos.
O Barcelona não finalizou a gol entre o minuto 2, com Sergi Roberto, e os cinco minutos finais da partida. Foi o último naufrágio de uma equipe que, em nenhum momento, deu mostra de que mereceria estar não apenas em uma eventual semifinal, mas também nas quartas de final de uma UEFA Champions League.
No Camp Nou, os 4 a 1 de saldo do jogo de ida não fizeram justiça à Roma, este combinado perfeito entre coração, vontade, aplicação tática e física, que superou Messi e cia. na volta na pior atuação dos catalães desde que Ernesto Valverde chegou ao comando, no último verão. Sim, você leu direito: pior inclusive que a derrota na Supercopa Espanhola para o Real Madrid.
Getty Images(Foto: Getty)
O Barça não caiu m nenhuma armadilha da Roma, mas sim tropeçou nas próprias pernas até sumir de campo na capital italiana no momento mais inoportuno possível. A temporada que iniciou bem, com resultados e gastos exorbitantes em reforços, fica em xeque.
Uma virada desse tamanho não acontecia desde os 11 a 1 para o Real Madrid, em Chamartín, sob os olhares de Francisco Franco, um jogo para ser sepultado por ambos os clubes em suas histórias. Hoje, o time azulgraná voltou a escrever história... seguramente, nas páginas mais negra das últimas décadas. Não tanto por sofrer a virada, mas pela péssima imagem deixada, pela incapacidade de jogar algo minimamente parecido com futebol e, mais especialmente, por ter esquecido as lições deixadas por PSG e Juventus na temporada passada.
Um ano mais tarde, o Barcelona volta a passar vexame na Europa. E não há 'doblete' que faça esquecer tamanha vergonha.




