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Tapetão no Brasileirão: relembre os principais casos

A notícia sobre a possibilidade de o Vasco perder pontos neste Brasileirão devido à escalação do atacante Clayton, que pertence ao Atlético-MG e também já havia atuado pelo Bahia em 2019, mexeu com os bastidores do nosso futebol.

O caso é complicado, permite diversas interpretações e ainda não se sabe o que vai acontecer.

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De qualquer maneira, o tão temido e criticado “tapetão” volta a ser assunto no futebol brasileiro, que possui um longo histórico de decisões extracampo que alteraram classificações finais no principal torneio nacional do país. Relembre abaixo:

A primeira grande Virada de Mesa

O Brasileirão de 1986 teve muitas mudanças em seu regulamento e entrou para a história por ter protagonizado o primeiro grande “tapetão”.

Segundo o regulamento, os seis melhores times de cada um dos grupos compostos por 11 equipes se classificavam. Entretanto, Vasco da Gama e Botafogo fizeram campanhas ruins e não atingiram o corte estipulado.

CBF e Vasco (segundo o livro “Os Arquivos dos Campeonatos Brasileiros”, escrito por José Renato Sátiro Santiago Jr) fizeram manobras, como a retirada de pontos do Joinville e até uma tentativa de eliminar a Portuguesa, mas no final das contas a entidade alterou o regulamento e outras oito equipes avançaram para a segunda fase.

O primeiro gigante caiu... e quase não subiu

Se em 1990 o Grêmio fez a melhor campanha da primeira fase e caiu apenas na semifinal, no ano seguinte o Tricolor surpreendeu negativamente e caiu para a segunda divisão. Um ano depois, vinha encontrando dificuldades até que a CBF mudou a regra do acesso à elite: eim vez de dois times, como vinha acontecendo, subiram 12 equipes para a primeira divisão de 1993 – que teve um regulamento todo feito para proteger os gigantes do descenso.

Fluminense e Bragantino escapam em 1996

Ao final da edição 1996 do Brasileirão, Fluminense e Bragantino seriam os rebaixados. Desta forma, começaram a levantar várias dúvidas sobre as arbitragens – sendo que nenhuma teve grande evidência. O fim da história foi a CBF definindo que o Brasileirão daquele ano não teria rebaixados.

O caso Sandro Hiroshi

Em 1999, o atacante Sandro Hiroshi, que defendia o São Paulo na época, foi flagrado como “gato” – atuava com documentos falsificados que mentiam a sua verdadeira idade. Internacional e Botafogo solicitaram os pontos dos jogos em que enfrentaram o Tricolor Paulista com Hiroshi e os pontos conquistados ajudaram o Alvinegro a se livrar da queda.

No entanto, a consequência direta foi que o Gama herdaria a maldição do rebaixamento. O time do Distrito Federal acionou a CBF na Justiça e ganhou a causa. Foi o que motivou o Brasileirão do ano seguinte a ser a Copa João Havelange, cujo regulamento acabou ajudando o Fluminense, que em 1999 havia sido campeão da Serie C, a pular direto para o módulo que equivalia à primeira divisão. Bahia e América-MG também se beneficiaram.

Jogadores irregulares em 2003

O primeiro campeonato disputado por pontos corridos teve alguns casos de atletas que tinham registros controversos na CBF, o que motivou a intromissão dos tribunais desportivos. No final das contas, a classificação final foi alterada e a grande mudança foi na classificação para a Libertadores: o São Caetano acabou herdando a vaga que seria do Atlético-MG.

Máfia do Apito

Em 2005, uma investigação mostrou que o árbitro Edilson Pereira de Carvalho havia recebido dinheiro para influir diretamente no decorrer de jogos para beneficiar apostadores. Desta forma, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu pela repetição dos 11 jogos apitados por Edilson.

A decisão criou uma série de reviravoltas no certame. O único resultado que se repetiu foi um Inter 3x2 Coritiba e o Corinthians se aproveitou do contexto para encaminhar o seu título justamente sobre o Internacional.

Caso Héverton

O Brasileirão de 2013 terminou tendo o Fluminense, campeão no ano anterior, como um dos rebaixados. No entanto, após o término da competição surgiu a notícia de que o meia Héverton, da Portuguesa, havia sido relacionado para um jogo mesmo estando em situação irregular.

A decisão judicial tirou quatro pontos da Portuguesa, que mediante à subtração do que havia somado acabou caindo. A decisão acabou beneficiando diretamente o Fluminense, que segue até hoje na primeira divisão.

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