A chegada de Renato Gaúcho impactou em algumas mudanças significativas na metodologia de trabalho do Flamengo e um dos resultados disso foi o aumento da média de intensidade (força e velocidade) do time durante as partidas.
Antes, a média em % de ações de alta intensidade era de 8.5%, algo que veio crescendo após a derrota para o Atlético-MG, em Belo Horizonte, e chegou ao auge na vitória por 5 a 1 sobre o São Paulo, no Maracanã. Na ocasião, a equipe atingiu uma média de11%. Agora, mantém na faixa dos 10% por jogo.
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Quando Renato Gaúcho e Alexandre Mendes, seu fiel escudeiro, desembarcaram no Ninho do Urubu, fizeram uma análise detalhada do departamento de futebol. A ideia foi buscar o que precisava ser melhorado ou ajustado. Uma das ações foi pedir relatórios de carga de treinos do elenco.
A dupla identificou a necessidade de trabalhar mais a velocidade e a resistência e conversaram com Márcio Tannure, chefe do departamento de Saúde e Alto Rendimento. A partir disso, desenvolveram trabalhos específicos. Alguns jogadores superaram a média de distância de alta intensidade da Premier League, que segundo um estudo do CIES Football Observatory, publicado na última semana, tem a maior média entre as principais ligas do mundo.
A chegada de Renato também trouxe uma mudança no comando da preparação física, que anteriormente era coordenada por um profissional da comissão técnica de Rogério Ceni. Desde o início do trabalho do novo treinador, Alexandre Sanz, funcionário do clube, assumiu e o fisiologista Lucas Albuquerque, também funcionário do clube, voltou ao profissional depois de ficar alguns meses coordenando a área nas categorias de base.
Os treinos específicos são coordenados por Sanz, e executados pelos preparadores físicos, Roberto Oliveira e Rafael Winick. O controle de carga e análise dos dados é realizado por Lucas, repassados ao chefe do DM, Márcio Tannure, que de debate o trabalho com Renato Gaúcho.
A comissão técnica do Flamengo também faz um controle de minutagem, de acordo com as condições físicas dos jogadores, a ideia é evitar lesões. Na última partida, diante do Ceará, por exemplo, Arrascaeta apresentou uma fadiga muscular e foi poupado. O mesmo aconteceu com o lateral Maurício Isla, que ficou de fora dos dois últimos jogos para evitar risco maior de lesão.
