O Real Madrid está fora da Copa do Rei e também da Liga, com o carrasco usando o mesmo emblema e no mesmo local: Santiago Bernabéu.
Com apenas quatro dias de diferença, ninguém poderia ter escrito um roteiro mais cruel para a queda merengue na atual temporada. Agora, após duas derrotas consecutivas para o Barcelona, o que resta é a Champions League, a grande razão para o orgulho do clube nos últimos cinco anos. No entanto, desta vez não é como as temporadas anteriores. E Zidane já sabia.
Na verdade, estas duas derrotas no clássico não só derrubaram o Real Madrid nas duas competições, como também despertaram seus dois maiores fantasmas nesta campanha. Um deles foi a falta de gol após a saída de Cristiano Ronaldo - contra o Barcelona a equipe ficou os 180 minutos sem balançar as redes. A aposta do clube em Gareth Bale falhou a tal ponto que o Bernabéu não aguenta mais.
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O outro fantasma era o dilema interno perdido entre o talento e a vontade. Solari tentou com uma personalidade admirável, mas sem atingir o clímax no tempo. Não é por acaso sua aposta em Vinicius, Reguilón, Odriozola ou Valverde ao invés do Isco, Bale, Marcelo ou Kroos. O fato é que, apesar de os jovens serem talentosos, isso não ajudou a recuperar seu melhor nível diante desses jogos. E Zidane também sabia disso.
Assim, o Real Madrid entra em março apenas com a Champions League à frente e com uma falta latente de gol e espírito. O futuro aparece logo ali, sim. Solari vem ensinando o caminho. Mas agora, o presente é outra história.




A última pergunta que Zidane respondeu em público como técnico do Real Madrid foi: "Teria ficado no time se tivesse perdido a final de Kiev? "É possível". Agora, tal afirmação é compreensível. E tudo isso Zidane já sabia.
