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Virgil Van Dijk Lionel Messi Liverpool BarcelonaGetty/Goal

O que Van Dijk precisa fazer para desbancar Messi e ganhar a Bola de Ouro?

Lionel Messi e Virgil van Dijk. Quem diria que, após anos de debate sobre o argentino e Cristiano Ronaldo, a discussão para saber quem é o favorito a ser eleito melhor jogador do mundo ficasse entre o camisa 10 do Barcelona e um zagueiro? É exatamente o cenário atual, principalmente depois que o Liverpool conquistou a Champions League contando muito com outra exibição marcante do defensor.

Fosse Van Dijk um meio-campista, meia ou atacante com protagonismo em uma temporada marcada por título europeu, talvez a dúvida não fosse tão grande para cravá-lo como favorito às duas maiores premiações individuais do futebol – a tradicional Bola de Ouro, entregue desde a década de 50 pela revista France Football, e o The Best, da FIFA.

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Afinal de contas, tais premiações são cada vez mais rotuladas por escolherem um nome de destaque que atue em um time finalista do principal torneio disputado naquele ano específico. No geral, o certame mais importante é a Champions League, mas regularmente o desempenho em competições de seleções [Copa do Mundo, Eurocopa e com menos intensidade a Copa América] ajudam nesta escolha.

Ou seja: o prêmio não é entregue, obrigatoriamente, "só" ao melhor jogador, e sim àquele que se destacou e também foi vitorioso o suficiente para levar uma equipe até uma decisão importante. Protagonismo condensado em uma única temporada, contando com a importância do fator de equipe para justificar esta escolha. Van Dijk, Messi e bem mais atrás Kylian Mbappé são os candidatos mais apontados e que se encaixam nesse critério.

Mbappé tomou os holofotes do PSG para si

Kylian Mbappé só não fez mais gols do que Robert Lewandowski (40 pelo Bayern) e Messi (51 pelo Barça). Esteve até o fim na corrida pela Chuteira de Ouro, que premia o maior artilheiro das ligas nacionais europeias, e os 33 tentos anotados no caminho rumo ao título francês com o PSG só não foram maiores do que os 36 anotados por Messi no título espanhol.

O jovem de 20 anos, entretanto, teve em seu roteiro a mudança definitiva de tamanho no PSG – um processo iniciado ainda em 2018, quando iniciou a temporada com medalha de campeão do mundo pelo seu país. Com as lesões sofridas por Cavani e Neymar, assumiu a responsabilidade de conduzir o time às principais conquistas em 2018-19. Não foi o bastante na Champions League, com queda nas oitavas de final para o Manchester United, mas serviu na Ligue 1 e deixou claro que o “cara” do time é ele. E se não seguir assim, como o próprio deixou nas entrelinhas, a tendência é que deixe o Parque dos Príncipes.

Messi, estrela solitária no Barcelona

Lionel Messi começou a temporada prometendo o título de Champions League que não conquista desde 2015. Individualmente, fez todo o possível para que isso acontecesse. Além de grandes exibições no caminho rumo ao título espanhol, terminou a Champions como artilheiro e talvez tenha sido o único a ter ameaçado o Liverpool na semifinal perdida. Este, aliás, foi o golpe que demonstrou o quanto o elenco atual dos blaugrana não está à altura de seu principal jogador. O Barça havia vencido os ingleses por 3 a 0 no duelo de ida, no Camp Nou. Na volta, Messi foi o único que levou perigo aos Reds... mas não decidiu.

Entretanto, termina a temporada com números impressionantes: 51 gols marcados e 19 assistências. Ninguém decidiu tanto para fazer gols. Mas a caminhada de Messi ainda não terminou: o camisa 10 ainda tem a chance de conquistar a Copa América pela Argentina, tirando o seu país de um jejum de títulos que dura desde 1993. Levantar, enfim, uma taça com a camisa Albiceleste pode ser o argumento de peso para ganhar os votos e voltar a ser eleito o melhor do mundo.

Van Dijk ajudou a mudar o Liverpool para melhor

Quando Cannavaro foi eleito melhor do mundo, em 2006, a escolha – motivo de polêmica na opinião de alguns na época – foi motivada por três fatores em especial: o título mundial da Itália, as brilhantes exibições do zagueiro ao longo dos sete jogos e o fato de que Zidane, para quem a premiação parecia estar destinada, teve papel decisivo também para o resultado final da França naquela Copa. Pois se conduziu os Bleus até a decisão, a cabeçada no peito do zagueiro Materazzi lhe rendeu um cartão vermelho que contribuiu para a derrota.

Copa do Mundo é o suprassumo do futebol por tudo o que simboliza. Mas Virgil van Dijk talvez tenha feito, até aqui, a melhor temporada de um zagueiro na história. Ajudou um Liverpool vice-campeão inglês, mas que somou 97 pontos e sofreu uma única derrota, a ter a defesa menos vazada do país e talvez tenha sido até mais protagonista do que o atacante Mohamed Salah no time de Klopp.

Além de ter sido a referência da melhor defesa dentre os principais times da Europa, Van Dijk não levou nenhum drible nesta temporada de Champions e Premier League. Leia de novo: um zagueiro passou a temporada inteira sem levar dribles. Como se não fosse o bastante, ainda fez seis gols e deu quatro assistências. E Van Dijk ainda está na disputa do título da UEFA Nations League, na primeira edição do certame mais novo de seleções na Europa.

A escolha é difícil, mas nunca um zagueiro fez, com tanta regularidade, tanto para ser eleito o melhor. Será o bastante?

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